As autoridades chinesas anunciaram hoje a detenção de doze pessoas, supostamente envolvidas nas explosões que sacudiram o porto da cidade de Tianjin, no dia 12, que causaram 139 mortos, segundo o mais recente balanço.
Entre os 12 suspeitos figuram vários responsáveis da empresa Tianjin International Ruihai Logistics, incluindo o presidente, Yu Xuewei; o vice-presidente, Dong Shexuan, e três diretores-gerais adjuntos, indicou a agência oficial Xinhua, citando o Ministério da Segurança Pública.
As explosões que devastaram boa parte do porto de Tianjin ocorreram num terminal da companhia, na qual se têm centrado as investigações, já que a Ruihai violou inúmeras normas no âmbito das operações com produtos químicos que estiveram na origem da tragédia.
Além disso, a investigação aponta para a possibilidade de funcionários, de nível intermédio, do distrito portuário de Tianjin terem recebido subornos desta e de outras empresas para ignorar violações às normas de segurança.
O mais recente balanço oficial das explosões, divulgado na quarta-feira, é de 139 mortos, dos quais 84 bombeiros, oito polícias e 47 civis, sendo que continuam dadas como desaparecidas 34 pessoas.
Dos mais de 700 feridos no acidente, 527 continuam hospitalizados, 34 em estado grave.
A tragédia ocorreu num terminal de contentores do porto, onde se encontravam armazenadas 3000 toneladas de produtos perigosos, em particular 700 toneladas de cianeto de sódio altamente tóxico.
O acidente suscitou receios de uma contaminação por químicos tóxicos do ar e da água de Tianjin, cidade com cerca de 15 milhões de habitantes.
Amostras de água recolhidas na zona da explosão chegaram a apresentar um nível de cianeto de sódio 356 vezes superior ao permitido.
/Lusa
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