O Presidente venezuelano Nicolás Maduro anulou hoje uma deslocação a Roma e ao Vaticano, para participar na conferência bienal da FAO e reunir-se com o Papa Francisco, anunciou o próprio numa breve intervenção no canal estatal de televisão.
“Tive que suspender a viagem a Roma devido a uma otite forte. Os médicos proibiram-me de entrar no avião e obrigaram-me a descansar”, disse o presidente venezuelano.
Nicolás Maduro disse que relativamente ao encontro com o Papa Francisco, que estava previsto para este domingo, está-se a tentar descobrir “uma nova data”.
Para a conferência da FAO, a agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, em que estava agendada para segunda-feira uma intervenção sua, Nicolás Maduro disse que seria representado pelo vice-presidente Jorge Arreaza.
Antes de se saber do adiamento da deslocação ao Vaticano, na sexta-feira, representantes do partido venezuelano Um Novo Tempo (UNT), da oposição, pediram ao papa Francisco que intercedesse junto de Maduro acerca da situação dos direitos humanos e no país bem como da detenção de dirigentes políticos da oposição.
O pedido foi feito em carta entregue na Nunciatura Apostólica de Caracas que, segundo o secretário de assuntos juvenis de UNT, Francisco Matheus, “demonstra” ao papa Francisco “a grave situação que temos relativamente aos direitos humanos na Venezuela“.
“Os líderes políticos mais importantes estão presos ou em greve de fome. Temos 87 estudantes que desde há mais de um ano são perseguidos pelo regime, que estão presos e também muitos deles em greve de fome, em situação crítica”, disse Francisco Matheus à imprensa, à saída da Nunciatura Apostólica.
/Lusa