Bangkok Post
Imagem partilhada online mostra os leões a atacar fatalmente um tratador no jardim zoológico Safari World, em Banguecoque, na Tailândia
Um tratador foi esta semana mortalmente atacado por leões no parque zoológico Safari World, em Banguecoque, perante visitantes horrorizados. A zona de visitas em modo drive-in foi entretanto encerrada até nova ordem.
O tratador foi atacado por trás e dilacerado por um leão na área de visitas drive-in, depois de ter saído da viatura. Visitantes que seguiam nos seus carros assistiram em choque, enquanto vários outros leões se juntavam ao ataque.
Attapol Charoenchansa, diretor-geral do Departamento de Vida Selvagem da Tailândia, afirmou que a zona permanecerá encerrada até que estejam garantidas as condições de segurança para os visitantes.
Os animais atacaram o homem durante cerca de 15 minutos, até que outro tratador conseguiu chegar junto dele e retirá-lo do local, diz o Bangkok Post. Foi transportado de urgência para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo Attapol, o ataque terá ocorrido enquanto os leões estavam a ser alimentados. “Presume-se que um deles não estivesse bem-disposto e iniciou o ataque”, explicou.
As autoridades vão agora verificar as licenças de posse de leões e os registos do parque. De acordo com os documentos oficiais disponíveis, o zoo tem licença para ter 45 leões, dos quais 13 já tinham morrido.
A polícia identificou a vítima mortal como Jian Rangkharasamee, de 58 anos, que era supervisor no parque zoológico. O tratador que tentou socorrê-lo e transportou Jian para o hospital foi identificado como Phanom Sitsaeng.
Segundo a polícia, Jian era responsável pela supervisão dos animais naquela área e terá sido atacado depois de sair do veículo e deixar a porta aberta, o que, realça a agência noticiosa estatal tailandesa MCOT é contrário às normas de segurança.
Os visitantes do parque são advertidos para nunca saírem dos carros na zona de visita em modo drive-in.
Ratanaporn Jitpakdee, de 57 anos, viúva do tratador, disse estar em choque com a perda do marido, que era o principal sustento da família e tinha uma grande paixão pelo trabalho. Segundo contou, Jian cuidava de leões e tigres no parque há muitos anos, tomava sempre precauções e nunca tinha sido atacado por qualquer animal.
Surachai Rangkharasamee, irmão mais novo da vítima, acrescentou que Jian trabalhava nas zonas dos leões e dos tigres do zoo há quase 20 anos.
A Safari World Plc, empresa proprietária do parque, emitiu um comunicado onde expressa as suas sentidas condolências à família do funcionário e garante que prestará todo o apoio necessário.
A empresa sublinha que todos os leões e restantes animais do parque se encontram em condições normais e sob a supervisão de especialistas.
Um incidente deste género nunca tinha ocorrido nos seus 40 anos de atividade, salienta a empresa, que garante que dá prioridade à segurança de visitantes e funcionários, alertando de forma rigorosa para que ninguém saia dos veículos, sobretudo nas zonas onde circulam predadores.
