Abir Sultan / EPA

Israel conseguirá manter a sua defesa anti-míssil por mais 10 a 12 dias, dizem os especialistas. Depois disso, a capacidade de defesa complica-se.
O jornal financeiro The Marker estima que Israel gasta cerca de 250 milhões de euros cada noite só em defesa contra os mísseis iranianos desde o início do conflito armado na passada sexta feira, que ainda não mostrou sinais de abrandamento. Mas isso pode estar prestes a mudar.
Esta quinta feira, um hospital israelita foi atacado, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu “exigir o preço total dos ataques”.
Mas, de acordo com o The Washington Post, sem reabastecimentos dos Estados Unidos ou maior envolvimento das forças norte-americanas, algumas análises projetam que Israel apenas conseguirá manter a defesa anti-míssil por mais 10 a 12 dias. Depois disso, poderá não conseguir manter a capacidade bélica.
E já no finald esta semana,de acordo com fontes com conhecimento das avaliações de inteligência dos EUA e de Israel, as forças armadas poderão já ter de começar a racionar armamento.” Terão de escolher o que querem intercetar”, explica a fonte. “O sistema já está sobrecarregado”.
Tal Inbar recorda que, em 2014, Israel promoveu um cessar-fogo com o Hamas dias antes de esgotar os seus intercetores de defesa aérea. O nível das reservas destes intercetores é um tema altamente sensível em Israel, mas “pode voltar a ser um fator num eventual cessar-fogo”, explica o especialista de guerra israelita.
Jim Lamson, ex-analista de inteligência especializado em munições iranianas, afirma que as capacidades iranianas de mísseis continuarão a diminuir, uma vez que Israel está agora a atacar as instalações de produção.
“Assumindo que o regime não muda, ou que não concordam em abdicar dos mísseis como parte de um cessar-fogo, vão ter enormes dificuldades em reconstituir as forças de mísseis balísticos“, assegura. “Muito dependerá da capacidade de Israel em danificar ou destruir essas instalações de produção”.
Em 10 ou 12 dias o assunto vai ficar resolvido.