O FC Porto venceu hoje o Gil Vicente, por 2-0, para a 32.ª jornada da Primeira Liga, com dois golos de Jackson Martinez, que reassumiu a liderança dos melhores marcadores, e mantém-se na luta pelo título com o Benfica.
Dois golos de Jackson Martinez, aos 12 minutos de cabeça e aos 86 na execução de um pontapé de bicicleta, deram a justa vantagem à equipa do FC Porto, que teve ainda duas bolas nos postes, um guarda-redes Adriano inspirado e uma mão cheia de oportunidades.
Quando faltam apenas disputar dois jogos para a conclusão do campeonato, e face ao empate do Sporting com o Estoril-Praia (1-1), o FC Porto assegurou ainda matematicamente a conquista de pelo menos o segundo lugar.
Obrigado a vencer para continuar a acalentar o sonho de apanhar o líder Benfica e chegar ao título, o FC Porto teve apenas de esperar 12 minutos até ver a bola no fundo da baliza do ‘aflito’ Gil Vicente, ainda a fazer contas para a manutenção.
Na sequência de uma grande penalidade desperdiçada por Ricardo Quaresma, ou defendida pelo guarda-redes Adriano, o FC Porto chegou ao golo por Jackson Martinez, aos 12 minutos, num lance em que o colombiano correspondeu de cabeça a um centro do extremo internacional português.
Com o golo obtido, o goleador colombiano voltou a assumir a liderança da lista dos melhores marcadores, em que persegue a conquista do ‘tri’, ganhando vantagem no ‘duelo’ com o benfiquista Jonas, que no sábado o tinha alcançado.
Aos 18 minutos, o FC Porto esteve uma vez mais perto de marcar, desta feita por Herrera, a centro de Oliver, mas o cabeceamento do mexicano foi desviado pelo guarda-redes Adriano, que começou a chamar a si o papel de protagonista da equipa do Gil Vicente.
O lateral brasileiro Danilo, de regresso à equipa após cumprir castigo com o Vitória de Setúbal, criou uma situação de desequilíbrio aos 27 minutos, entrando entre os centrais do Gil Vicente e rematando rasteiro, para nova defesa de Adriano.
Espartilhado pelo FC Porto na sua intermediária, o Gil Vicente só a espaços conseguia sair a jogar, criando apenas situações para visar a baliza de Helton em lances de bola parada, quase sempre inconsequentes, muito por culpa da distância.
No entanto, aos 34 minutos, num desses livres cobrado por Vítor Goncalves para a área do ‘dragão’, João Vilela conseguiu desviar de cabeça e fez a bola passar perto do poste direito, com Helton pregado ao relvado a assistir à trajetória.
O susto colocou em sentido a equipa portista que, de imediato, procurou dar mais intensidade ao seu futebol, sem, contudo, criar grandes situações de perigo junto à área do Gil Vicente, que, sem nada a perder, revelou-se algo atrevida.
Aos 54 minutos, na sequência de um cruzamento de Ricardo Quaresma, Brahimi protagonizou uma situação de perigo para a baliza do Gil Vicente, que respondeu por Jander, no lance seguinte, através de um remate de longe que obrigou Helton a ceder canto.
Rúben Neves, aos 57 minutos, deixou uma vez mais no ar a sensação de golo para o FC Porto, mas o remate saiu por cima da baliza defendida por Adriano, Ricardo Quaresma, aos 64, cabeceou ligeiramente ao lado, e Oliver, aos 66, também criou perigo.
Naquele que foi o período de maior pressão da equipa do FC Porto, que sufocou autenticamente a formação gilista, não faltaram oportunidades de golo, mas, quase sempre, desperdiçadas ou inconsequentes.
Brahimi, aos 67 minutos, voltou a estar uma vez mais muito perto do golo e aos 74 – num lance acompanhado de uma ruidosa manifestação de incredulidade nos adeptos – foi a vez dos postes da baliza gilista devolverem os remates de Martins Indi e Evandro.
A insistência dos ‘dragões’ resultou o segundo golo do colombiano Jackson Martinez, aos 86 minutos, na execução de um ‘pontapé de bicicleta’, que deu justa expressão ao triunfo e colocou o colombiano a liderar a lista dos melhores marcadores com dois golos de vantagem sobre Jonas.