Polícia Metropolitana

Os três indivíduos búlgaros estavam envolvidos numa complicada teia de espionagem russa, que incluía câmaras secretas, jogos perigosos numa embaixada e… traições amorosas.
Um homem e duas mulheres búlgaros foram considerados culpados de espionagem a favor da Rússia. A polícia descreveu o crime como “uma das maiores” operações de espionagem estrangeira no Reino Unido.
Vanya Gaberova, 30 anos, Katrin Ivanova, 33 anos, e Tihomir Ivanchev, 39 anos, todos residentes em Londres,tinham empregos normais: um era esteticista, outro profissional de saúde e outro decorador
Mas, à parte disso, faziam parte de um grupo que viajou pela Europa para vigiar, em jornalistas, um ex-político e uma base militar dos EUA na Alemanha, entre 2020 e 2023. Trabalhavam, na verdade, para uma rede de espionagem russa.
Para as suas operações, usavam objetos que “se esperaria ver num romance de espionagem”, disse à BBC o comandante Dominic Murphy da Polícia Metropolitana. Câmaras escondidas em gravatas, uma câmara escondida numa pedra falsa, óculos com equipamento de gravação e até peluches com câmaras, eram alguns dos artefactos.
Trabalhavam para o um homem chamado Orlin Roussev, que dirigia a rede de espionagem. Na rede, havia mais dois homens, Biser Dzhambazov e Ivan Stoyanov.
Mas o mais caricato é que os próprios espiões não partilhavam entre si apenas informação. Também partilhavam… os parceiros.
Dzhambazov e Ivanova viviam juntos como um casal. Mas Dzhambazov também tinha uma relação com Gaberova — foram encontrados juntos na cama quando a polícia efetuou a detenção —e Ivanchev tinha tido uma relação separada com ela no passado. Pode parecer complicado, mas trata-se de um clássico triângulo amoroso (ou quadrado, uma vez que há quatro intervenientes).
Entre os crimes de que são agora considerados culpados por um tribunal em Inglaterra, está uma perseguição ao jornalista Roman Dobrokhotov. Os espiões terão mesmo considerado raptá-lo, e chegaram inclusivamente a descobrir o código PIN do seu telemóvel. Tentaram ainda obter favores da embaixada do Cazaquistão em Londres, entre outras operações.
O Ocidente está bem arranjado com os russos e ainda por cima tem de lidar com o traidor do Trump!