Argentina “imita” EUA e sai da OMS

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World Economic Forum / Flickr

O presidente da Argentina, Javier Milei

Milei responsabiliza agência da ONU pelo “confinamento mais longo da história da humanidade” e diz que organização se deixa contagiar pela “influência política de alguns Estados”. Decisão surge dias depois de Trump fazer o mesmo e colocar em risaco a saúde de milhões de pessoas.

O Governo argentino do Presidente ultraliberal, Javier Milei, anunciou esta quarta-feira que o país se vai retirar da Organização Mundial da Saúde (OMS) devido às “divergências profundas” relativamente à gestão da pandemia de covid-19 e em nome da soberania nacional.

“O Presidente deu instruções ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Gerardo Werthein, para que retirasse a Argentina da OMS. Esta decisão baseia-se nas divergências profundas no que diz respeito à gestão da saúde, especialmente durante a pandemia”, anunciou o porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni.

Segundo o porta-voz, a Argentina responsabiliza a agência da ONU e o anterior Governo, liderado por Alberto Fernández (2019-2023), pelo “confinamento mais longo da história da humanidade”, e acusou a OMS de se deixar contagiar pela “influência política de alguns Estados”.

“Os argentinos não vão permitir que uma organização internacional intervenha na nossa soberania e muito menos na nossa saúde”, disse Adorni.

O porta-voz argentino esclareceu que o país sul-americano não beneficia de financiamento da OMS para a gestão da saúde, “pelo que esta medida não representa uma perda de fundos para o país e não afetará a qualidade dos serviços”, acrescentou.

“Pelo contrário, dá ao país mais flexibilidade para implementar políticas adaptadas ao contexto e aos interesses que a Argentina exige, bem como maior disponibilidade de recursos e reafirma o nosso caminho para um país com soberania em matéria de saúde”, frisou Adorni.

A decisão da Argentina surge dias após o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter retomado o processo de retirada dos Estados Unidos da América (EUA) da OMS.

Durante o seu primeiro mandato presidencial, em 2020, Donald Trump já tinha tentado retirar o país da organização, que acusou de “má gestão” e de ser “controlada pela China”. No entanto, o sucessor, o democrata Joe Biden, cancelou a retirada antes de esta entrar em vigor, uma vez que era obrigatório um período de um ano entre o anúncio e a retirada efetiva.

Dois dias depois de ter tomado posse para um segundo mandato, no passado dia 20 de janeiro, Trump retomou o processo de retirar os EUA da OMS, justificando-o com a discrepância entre as contribuições financeiras norte-americanas e chinesas e acusou a OMS de “roubar” os EUA, o principal doador desta agência da ONU, que representa mais de 16% do orçamento da organização.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Os argentinos já perceberam, amarganente, que há escolhas que se pagam muito caro.
    Agora… aguentar e aprender.
    Cá se fazem, cá se pagam.

    • Só no meu circulo de familia, amigos e conhecidos, vi morrer oito pessoas, pelo mundo inteiro, morreu a bagatela de 15 milhões !!! . E vocês, os sabedores, que, entre outras bacoradas juram que o mundo é plano, continuam dizendo que isso foi uma farsa ? Que os laboratórios ganharam e bem, com as vacinas ? (aí até concordo). Mas, uma vez que a OMS, fez um péssimo trabalho, quais foram as brilhantes soluções que a gente da tua laia propôs ao mundo, ? Se não te lembras, eu refresco-te a memória: Fazer de contas que o problema não existia, que os doentes fossem trabalhar normalmente, porque não lhe custavam nada aguentar os sintomas, que não havia perigo de contaminação, que tudo não passava de uma invenção dos chineses, e que esses doentes se tratassem com aspirinas, laxantes, cloroquina ou hidroxicloroquina, e até engolir desinfectante sanitário (como imbecil mor sugeriu), conseguir a cura com promessas e rezas. etc. É preciso ter pachorra para aguentar as vossa eternas sandices. E já agora, o descabelado do Milei é um anormal que fará os argentinos pagar amargamente a estupidez de o terem escolhido..

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