Novo drone espião consegue voar durante um ano sem parar (e pode substituir os satélites)

BAE Systems

Para além das aplicações na Defesa, o drone pode ser utilizado para melhorar as comunicações 5G e para a resposta a catástrofes.

Um drone espião de vanguarda, o PHASA-35, está a abrir novos caminhos na tecnologia da aviação e da vigilância.

Desenvolvido pelo gigante britânico da defesa BAE Systems, este Sistema Aéreo Não Tripulado (UAS) de Pseudo-Satélite de Alta Altitude (HAPS) completou recentemente um voo de teste significativo, assinalando um marco na sua viagem em direção a aplicações de satélite potencialmente transformadoras.

O PHASA-35, uma aeronave solar-elétrica ultraleve, tem uma envergadura de 35 metros e um design excecionalmente esguio. Operado remotamente, o drone está equipado com painéis solares e armazenamento avançado de energia, o que lhe permite voar sem reabastecimento durante longos períodos.

Em teoria, a aeronave pode permanecer no ar até um ano, desafiando as normas convencionais da aviação e dos satélites. Esta capacidade poderá posicionar o PHASA-35 como uma alternativa económica e versátil aos satélites, cuja instalação e manutenção são dispendiosas.

Durante o seu último teste no Spaceport America, no Novo México, o PHASA-35 alcançou resultados impressionantes. O drone atingiu uma altitude de 20 110 metros e transportou uma carga útil duas vezes mais pesada do que em testes anteriores. Com a sua resistência avançada, o drone tem o potencial de fornecer serviços de informação, vigilância e reconhecimento a entidades militares, governamentais e comerciais, explica o IFLScience.

A BAE Systems prevê que o PHASA-35 desempenhe um papel fundamental para além da defesa. Poderá servir de plataforma para comunicações 5G, resposta a catástrofes e segurança das fronteiras, oferecendo estes serviços a uma fração do custo dos sistemas de satélite tradicionais. A capacidade do drone de manter um voo sustentado sobre áreas específicas durante meses também é promissora para aplicações tecnológicas mais sustentáveis e acessíveis.

O PHASA-35 pode potencialmente bater recordes de resistência da aviação. O recorde atual, estabelecido no final da década de 1950 pelos pilotos Robert Timm e John Cook, é de quase 65 dias.

Mais recentemente, em 2022, um drone movido a energia solar chamado Zephyr tentou ultrapassar este recorde, mas despenhou-se mesmo antes de o conseguir. Se o PHASA-35 concretizar o seu potencial de voo de um ano, irá redefinir os parâmetros de referência da resistência da aviação.

ZAP //

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