A conversa com o polícia pode definir o seu futuro próximo. Mentir é uma má ideia; falar pouco pode ser boa ideia.
Mais do que uma discussão com outro condutor, ou até mais do que um quase acidente, provavelmente a situação que deixa um condutor mais nervoso é uma operação STOP.
Aparece um polícia, ou vários polícias à frente, e o condutor começa logo a tremer. Até pode nem ter feito nada errado. Se calhar nem naquele dia, nem nos outros. Mas só aquele sinal de mandar parar, a farda e o carro da polícia…
A conversa com o polícia pode definir o seu futuro próximo. Mentir é uma má ideia; falar pouco pode ser o melhor.
O advogado Andrew Flusche, perito em processos relacionados com trânsito, avisa que aquelas perguntas do agente como “Sabe porque mandei parar?”. Ou logo a seguir “De onde vem?” ou talvez: “Para onde vai?”.
Parece conversa de circunstância inofensiva, mas não é – são prováveis armadilhas. O polícia está a analisar o que vai responder, como vai responder, como reage o seu corpo, a cara, qual é o seu tom de voz.
E, aí, a forma como reage é essencial. Obviamente.
O advogado explica no Motor Biscuit que as suas respostas podem criar “suspeitas razoáveis”, o que dá aos polícias um motivo para prolongarem a conversa. Exemplo: veio de um bar? O polícia vai perguntar bebeu.
Por vezes (e depende sempre de quem está do outro lado), até alto simples, inocente, como hesitar ou tropeçar nas palavras, pode transformar o condutor num suspeito.
Por isso, ao responder – embora tenha direito a ficar no silêncio, mas se calhar não convém – uma resposta automática será: “Só vou para casa”.
Mas… O condutor deve ter em consideração onde está. Se estiver no sentido contrário, ou a 500km de casa… É suspeito.
O ponto essencial nessas conversas é não falar demais. Dizer o essencial, falar só se perguntarem algo. “Não precisa de estar à conversa com a polícia. Não converse com a polícia”, sublinha Andrew Flusche.
Outro factor essencial é permanecer sempre calmo, com tranquilidade. Não criar uma espiral perigosa. Convém ser educado, mas firme. Mostre os documentos que forem pedidos, e pronto.
E, se por algum motivo válido, for mesmo multado, o condutor deve aceitar, perguntar se já pode ir embora e seguir viagem.
Podem diz vou ver a tua irmã/mãe/tia/prima….
Essa é a melhor garantia para ires parar á choldra. Uma vez já me vinguei destes gajos entregando os documentos do carro, dizendo “toma lá cabrão”, mas isso foi no Brasil, onde o sr. guarda pensou que era um elogio, tratando-o por “cabra macho”. Quem teve de mudar de cuecas foram os amigos portugueses no banco de trás, que estavam de passagem.