Montenegro aponta Marques Mendes como um dos melhores candidatos presidenciais

O primeiro-ministro Luís Montenegro diz que Luís Marques Mendes “é um dos que encaixa melhor” no perfil de candidato presidencial.

Em entrevista à SIC, esta terça-feira, Luís Montenegro foi questionado se o Partido Social Democrata (PSD) apoiará Luís Marques Mendes numa eventual candidatura a Belém.

O primeiro-ministro considera que Marques Mendes é um dos que encaixa melhor no perfil a candidato presidencial que traçou na moção ao Congresso do PSD.

“Podemos concluir que ele encaixa bem no perfil que está na minha moção de estratégia e que será apreciada no próximo Congresso. Não é o único, mas é um daqueles que encaixa melhor nesse perfil”, afirmou.

Na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide (Portalegre), no final de Agosto, Marques Mendes disse que está “mais próximo do que nunca” de tomar uma decisão sobre uma eventual candidatura presidencial, prometendo falar “daqui a uns” meses, seja para avançar ou não.

“Se eu um dia achar que com uma candidatura à Presidência da República posso ser útil ao país – é isso que conta -, se vir que tem alguma utilidade para o país uma candidatura minha e um mínimo de condições para se concretizar, sou franco, tomarei essa decisão”, afirmou, então.

O ex-líder do PSD disse ainda que a sua reflexão pessoal “está mais adiantada do que estava há um ano”, embora repetindo que ainda não tem uma decisão tomada. “Daqui a uns meses falaremos. Qualquer que seja a minha decisão”, disse, escusando-se a apontar um mês em concreto para esse anúncio.

Sobre Marcelo e as autárquicas

Já sobre as relações com o atual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, na mesma entrevista, esta terça-feira, Luís Montenegro recusou confirmar que não tem dado conhecimento de algumas decisões com antecedência ao Presidente da República.

“Vou apenas dizer que temos tido uma relação muitíssimo boa, que cresce com o tempo, do ponto de vista da fluidez com que vamos analisando a situação e tomando decisões em conjunto, respeitando eu os poderes que são do Presidente e, obviamente, querendo para o exercício das funções do Governo o respeito pelas funções que são do Governo”, afirmou.

E acrescentou: “Sinceramente, não há nenhuma questão que possa ser apontada na relação do Governo com o Presidente da República”.

Já sobre as próximas autárquicas, Montenegro disse ter o processo de escolha dos candidatos “muito adiantado”, mas apenas aceitou falar sobre o caso de Lisboa, onde disse ter a expectativa da recondução do atual presidente da Câmara, Carlos Moedas, e até com uma maioria mais estável.

“Teremos várias oportunidades de apresentarmos candidaturas em coligação com a Iniciativa Liberal. Lisboa será, porventura, um desses casos, não quero antecipar as decisões”, afirmou.

O primeiro-ministro escusou-se a responder ainda se estaria disponível para uma eventual recondução do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, dizendo que só responderá a esta pergunta “no fim do mandato”.

“Ninguém toma uma posição a meio ano de distância”, disse, embora admitindo que já tem “seguramente” uma posição na sua cabeça.