Ainda a imigração alegadamente descontrolada: realmente mais do que duplicou, mas quando se dá o contexto…convém ver números.
André Ventura liderou a manifestação “Salvar Portugal”, que no domingo passado protestou contra uma alegada imigração descontrolada.
Entre os gritos (repetidos) de “aqui mandamos nós” ou “Primavera lusitana”, o líder do Chega atirou – mais – uma ideia que deverá ter tido o “amen” de muitos presentes.
“Nós estamos, neste momento, entre 10% a 15% de população imigrante. É um número que supera até países históricos de imigração na Europa e o governo socialista, quer este governo, não mostram intenções de mudar essa política. E é por isso que o povo tem de sair à rua”.
A RTP foi espreitar os dados oficiais, quer da AIMA – Agência para a Integração Migrações e Asilo, quer da Pordata.
A primeira frase daquele parágrafo está quase correcta. Com 1.044.606 imigrantes no ano passado, no meio de 10.6 milhões de pessoas (também no ano passado), a percentagem é de quase 10%. Não chega bem a 10%, são 9,86% – e fica bem longe dos alegados 15%, segundo os dados oficiais.
A segunda frase sugere que superamos países históricos de imigração na Europa – onde estão esses números?
É que nem estamos no top-10 dos países europeus com maior número de novos imigrantes por residentes: há três anos tínhamos 9 novos imigrantes por cada 1.000 habitantes. É o 15.º lugar na União Europeia, nesse capítulo, num total de 27 países. Estamos na segunda metade da tabela.
“O raio dos pormenores”
“Não é uma questão de racismo, mas parece” – é assim que Tânia Laranjo inicia a sua crítica ao líder do Chega, na sequência da manifestação e de uma entrevista concedida no mesmo dia.
No Correio da Manhã, a jornalista reforçou a ideia de “discursos inflamados”, de gritos de “impropérios contra quem veste diferente, tem uma diferente cor de pele ou nasceu numa qualquer outra zona do globo”.
Ventura, e o partido Chega no geral, alegam que há perseguição jornalística. É uma questão de interpretação, dizem.
Mas depois entram os “pormenores”, como dizer que um jovem detido durante a manifestação “não era seguramente do Chega” – não sabemos se se ria sobre a sua roupa ou sobre o longo cabelo do rapaz.
Tânia sugere que o Chega até poderia ter um livro de estilo a explicar “que imigrantes queremos, como se devem vestir e, já agora, em que partido se devem filiar”.
“É de facto muitas vezes no raio dos pormenores que encontramos as diferenças”, escreve a jornalista.
Essas diferenças, continua, são as que nos conduzem “ao tal racismo que todos nós queremos apagar das sociedades civilizadas”.
Qualquer um entra ilegal e está tudo bem? Depois legaliza-se e subsidia-se a malta, sem passado e sem critério!
Está errado! Não sei se os números apresentados estão errados, mas mesmo 10% de migrantes é uma grande pressão para os serviços públicos (saúde , educação, justiça, transportes…) para a habitação – depois não se admirem dos preços praticados…
o pior é que trazem uma Cultura distanta incompativel com a nossa.
Depois, sáo pobre náo Materialemnte como também pobre em Espirito, nota-se isso na Violencia irracional que tem acontecido por toda a Europa.
E, a consequencia disso é que essa gente acaba por “Conolizar” os paises onde se instalam.
Mao Obra qualificada? É o argumento de muitos, falta provas disso, o que temos é de facto gente ainda menos qualificada que os tugas.
A abertura das fronteiras que a geringonça promoveu foi imprudente.
Tal como uma empresa que quer ser bem sucedida deve ter uma política de seleção e recrutamento rigorosa, um país que queira ter futuro tem que ser rigoroso com quem dá permissão de residência. Sob pena de criar mais problemas do que solucionar.
Quando é para mentir ou para atirar gasolina para a fogueira, quaisquer números batem certo.
Este é mais um que anda na política para a palhaçada e para encher os bolsos de dinheiro sem fazer nada de útil.
O Ventura é o maior prostituto político que já pisou este quaradinho de terra. Tudo o que ele diz é apenas para ganhar votos dos pessoal mais limitado. É pena termos tanta gente que não Chega lá das ideias….
esquecem que assim que têm a nacionalidade deixam de ser imigrantes e que há uns 400.000 que nem se sabem quem são e não estão nesse número da 1 milhão. Ao andar na rua diria que o número de 15% será mais próximo da realidade mas será de 15 a 20%.
Esquecem a pressão que isto está a fazer nas escolas, SNS e habitação num país projectado para 10 milhões e que agora deve ter 11,5 a 12 milhões (vão ver quantos “novos portugueses” temos )