O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parece muito inseguro quanto ao futuro dos EUA. Aconteça o que acontecer nas eleições de 5 de novembro, para o Democrata, os norte-americanos estão condenados ao perigo.
Joe Biden está mesmo pessimista quanto ao futuro dos EUA: ora diz que Donald Trump ganhar as eleições presidenciais pode ser um perigo para o país; ora diz precisamente o seu contrário.
No fundo, na perspetiva do Presidente norte-americano, aconteça o que acontecer no dia 5 de novembro os norte-americanos ficarão sempre sob ameaça.
Na semana passada, Joe Biden demonstrou-se incerto sobre a “transição pacífica”, caso a sua vice Kamala Harris derrote Trump nas eleições.
“Se Trump perder, não tenho a certeza…”, refletiu o democrata, depois de questionado sobre a possibilidade de haver uma transição pacífica do poder, numa entrevista à estação CBS.
“Ele fala a sério. As pessoas não o levam a sério. Quando diz coisas como ‘se perdermos, vai ser um banho de sangue’, está a falar a sério”, realçou o chefe de Estado norte-americano, que abdicou da recandidatura pelos democratas, agora assumida pela sua vice-Presidente, Kamala Harris.
No entanto, noutro excerto divulgado este domingo, o Joe Biden disse que, afinal, uma vitória de Trump também punha a segurança do país em risco.
“Oiçam-me com atenção. Se ele ganhar (…) esta eleição, vejam o que vai acontecer. É perigoso. Ele é um perigo real para a segurança da América“, disse o Presidente dos EUA, na CBS.
“Estamos num ponto de viragem. Estamos mesmo (…) e a democracia é o elemento-chave”, acrescentou Biden, na entrevista gravada na Casa Branca.
Ataque ao Capitólio deixou traumas
Após as eleições presidenciais de novembro de 2020, o então Presidente dos EUA, Donald Trump, incentivou milhares de apoiantes a marcharem sobre o Capitólio, alegando fraude eleitoral na vitória do democrata Joe Biden, o que nunca se comprovou.
Aproximadamente 1.400 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados com os distúrbios no Capitólio, ocorridos em 06 de janeiro de 2021.
Houve quase 900 condenados, tendo cerca de dois terços recebido penas de prisão que variam entre alguns dias e 22 anos.
Trump foi indiciado criminalmente em Washington por procurar anular os resultados das eleições de 2020 no período que antecedeu o ataque ao Capitólio, num dos processos judiciais de que é alvo.
Miguel Esteves, ZAP // Lusa