Manifestação do grupo “Não passarão” estava a decorrer a apenas poucos metros da manifestação do grupo “1143”, no Padrão dos Descobrimentos.
Manifestantes antifascistas e nacionalistas envolveram-se nesta segunda-feira em confrontos junto ao Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, o que levou à intervenção de agentes da PSP para pôr fim aos incidentes.
A Unidade Especial da Polícia interveio perto das 18h sobre manifestantes de ambos os lados para os separar, constatou a Lusa no local. Depois de separar os dois grupos, a PSP usou bastões sobre estes manifestantes.
Os dois grupos eram o “1143”, nacionalista, e os antifascistas “Não passarão”.
Os confrontos ocorreram após cerca de meia hora de provocações mútuas entre os dois movimentos que se encontravam separados por poucos metros. Além de cânticos, houve arremesso de balões com tinta, tochas e potes de fumo.
Na sequência dos incidentes, a PSP alargou o perímetro de segurança, afastando também turistas que se encontravam no local.
Após uma fase mais calma e sem incidentes das concentrações dos dois grupos, os elementos da manifestação nacionalista acabaram por deixar o local pelas 19h. Foi já depois da saída destes elementos que se registou nova intervenção policial com bastonadas, desta vez sobre alguns manifestantes antifascistas.
Questionado pela Lusa sobre a operação mobilizada para o Padrão dos Descobrimentos e a escalada de tensão que acabou por levar a alguns confrontos entre manifestantes, o porta-voz da PSP explicou que “é sempre difícil manter o equilíbrio” entre o direito à manifestação e a segurança, “ainda mais numa zona turística”.
“Terá havido um foco de tensão e arremesso de alguns objetos. Para evitar que escalasse para a desordem generalizada, interviemos e alargámos o perímetro de segurança. Temos de manter um equilíbrio entre liberdade e segurança. Enquanto a segurança não foi colocada em causa, demos espaço à liberdade; quando foi colocada em causa, separámos os grupos”, afirmou o subintendente Sérgio Soares.
Assegurou também que houve apenas um “uso momentâneo e regulado” dos bastões pela PSP sobre os dois grupos de manifestantes.
Confrontado com os poucos metros que separavam as duas manifestações antagónicas antes de se registarem os confrontos e as razões para a PSP não ter imposto logo desde o início um maior afastamento, o porta-voz explicou que tal não foi feito para a PSP não ser acusada de condicionar o “direito constitucionalmente consagrado de manifestação”.
A concentração dos movimentos antifascistas começou a partir das 16h e pelas 17h30 já reunia uma centena de pessoas, tendo sido remetida pelas autoridades para o lado direito do monumento nacional. Foi deste lado que foram colocadas várias tarjas, nas quais se podem ler mensagens como “Ninguém é ilegal” ou “Eu existo com ou sem visto”, estando desde o início a tocar música ou a entoar cânticos antirracistas.
No outro lado do Padrão estavam também pelas 17h30 algumas dezenas de manifestantes do Grupo Nacionalista 1143 com uma faixa identificativa do movimento. Esta manifestação estava prevista para as 18h, mas os manifestantes, incluindo o nacionalista Mário Machado, chegaram mais cedo.
De acordo com os nacionalistas, a manifestação do 1143 estava marcada desde abril, enquanto a manifestação do “Não passarão” só foi marcada no sábado passado.
Em declarações à Lusa de manhã, o porta-voz da PSP, Sérgio Soares, assumiu o “policiamento reforçado” para o local.
“Tendo em conta o espectro diferente destas manifestações, que são antagónicas, vamos ter policiamento reforçado a partir do início da tarde. Vai estar presente o comando metropolitano de Lisboa, com equipa de intervenção rápida, divisão de trânsito, para eventuais cortes ou condicionamentos de trânsito, e uma reserva do corpo de intervenção da unidade especial de polícia, junto à Praça do Império, para prevenir eventuais incidentes”, disse.
ZAP // Lusa
Só não compreendo como este Individuo Mario Machado ainda não está a cumprir prisão , Fascismo nunca mais !