Guerra ao turismo de massas: novos hotéis proibidos em Amesterdão

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Daniel Foster / Flickr

O plano contra o turismo de massas entrou em ação. A cidade de Amesterdão, nos Países Baixos, vai deixar de autorizar a construção de novas unidades hoteleiras.

Em comunicado, divulgado na quarta-feira, a autarquia anunciou a intenção de “tornar e manter a cidade habitável para residentes e visitantes”.

“Isto significa: nada de turismo excessivo, nada de novos hotéis e nada de mais de 20 milhões de dormidas de turistas por ano”, diz a autarquia.

De acordo com a CNN, só poderá ser construído um novo hotel na cidade se outro hotel fechar, se o número de lugares para dormir não aumentar e se o novo hotel for melhor (nomeadamente mais sustentável).

A exceção à abertura de novas unidades hoteleiras só deverá aplicar-se aos projetos que já tenham obtido uma licença.

A cidade tem tentado limitar o número de turistas, que chega a milhões por ano, desencorajando o turismo sexual e o turismo relacionado com drogas no “Red Light District”.

Esta é a mais recente de um conjunto de medidas que a capital dos Países Baixos implementou para mitigar o problema do turismo excessivo. No ano passado, por exemplo, proibiu os navios de cruzeiro, encerrando até o seu terminal.

Da mesma forma, a cidade proibiu o uso de droga na via pública no “Red Light District”, aprovou a taxa turística mais cara a Europa, proibiu novas lojas turísticas e restrições aos arrendamentos de férias de curta duração.

Ao abrigo de um decreto de 2021, denominado “Turismo de Amesterdão em Equilíbrio”, o conselho municipal é “obrigado a intervir” quando os números ultrapassem os 18 milhões de turistas.

ZAP //

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1 Comment

  1. O que se está a passar com a nossa cidade é absolutamente criminoso! Estamos a destrui-la barbaramente , como se de um ataque vândalo tivesse sido alvo, para a reconstruirmos, não à nossa medida mas, para aqueles que da sua história comercial nada sabem e pouco ficarão a conhecer. A nossa cidade é um tapume! Das loja carismáticas da sua baixa nem vestígios! Das antigas ourivesarias surgem pérolas de gelados, das sapatarias aquelas horríveis lojas de bugigangas, iguais em todas elas, amontoadas e descaracterizadas que das nossas artes nada dizem. Das nossas magnificas lojas de roupa surgiram as intimissimi e outras quejandas. As primeiras a desmoronar-se foram a Loja das Meias e o Ramiro Leão entregues à Benneton que as destratou, o mais que pôde, perante a inoperância do poder local. Os políticos , nos gabinetes, veêm números e estas realidades passam-lhes ao lado. Subir a saudosa rua do Carmo é uma enorme frustração! Quem põe mão a tal barbárie ?!! Não há taxa que valha a tal destruição.

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