Rui Patrício era o último sobrevivente da lista dos ministros do tempo do Estado Novo. Morreu neste domingo, no Brasil.
Já não temos entre nós qualquer ministro do Estado Novo. O último sobrevivente morreu neste domingo.
Chamava-se Rui Patrício e faleceu ontem, no Rio de Janeiro. Tinha 91 anos.
Rui Patrício, que nasceu em 1932, quase no “nascimento” do Estado Novo (1933), foi o último ministro dos Negócios Estrangeiros dos tempos da ditadura.
Vivia no Brasil desde 1974 e achava que o 25 de Abril foi “a derrota de uma nação”, lembra o Diário de Notícias.
Depois de se ter destacado em Direito, como aluno, entrou no Gabinete do ministro do Ultramar, na Comissão de Coordenação dos Serviços Provinciais de Planeamento e Integração Económica e passou a ser subsecretário de Estado do Fomento Ultramarino, em 1965.
Marcello Caetano, que assegurava que iria prolongar o que Salazar fez, foi substituindo todos os ministros que integravam a estrutura do seu antecessor.
Um dos que caíram foi Franco Nogueira, que era ministro dos Negícios Estrangeiros. Foi precisamente o último a sair, em Janeiro de 1970 – e o seu sucessor foi Rui Patrício, que tomou posse em Janeiro de 1970.
Teve de lidar com pressões internacionais: Portugal era o único país europeu com colónias em África.
No dia 25 de Abril de 1974, refugiou-se no Quartel do Carmo, tal como Marcello Caetano. Depois ouviu os gritos de “assassinos” enquanto foi para o Quartel da Pontinha, onde dormiu.
Ainda em 1974, passou por França mas o seu destino final foi no Brasil, onde começou por trabalhar no departamento financeiro de uma empresa de venda de automóveis. Mais tarde foi administrador de várias empresas.
Ainda voltou a Portugal, já neste século (2008). Num colóquio sobre a diplomacia portuguesa entre 1968 e 1974, afirmou: “O 25 de Abril e a descolonização que se lhe seguiu foram a auto-derrota da nação. África fazia parte da nação portuguesa”.
A nação foi derrotada em 1961, quando não percebeu que o Mundo inteiro, incluindo o Papa Paulo VI, já sabia que a colonização em África era algo do passado. Não há que esconder o passado nem repudiá-lo na sua totalidade, mas a História da evolução da humanidade já tinha, nos anos 60-70, ultrapassado há muito a miragem das colónias. Quem derrotou a nação foram os que não tiveram a visão para entender isto. Não há nisto nada de pessoal contra esses políticos, só que os seus momentos maus foram mais do que os bons.
Vaso ruim, ou não quebra, ou tarda a quebrar.
Que esteja lá muitos anos sem nós, e que tenha tido em dobro, o que fez e desejou a quem o apeou.
Finam-se os Homens mas não as Ideias e os Princípios que engrandecem qualquer Nação e que tinham colocado Portugal entre os primeiros do Velho Continente.
Depois……, veio a incompetência, a corrupção, a criminalidade, os genocídios (aborto+eutanazi a) e o viver de euro-esmolas.
Mesmo com o falhanço da Ala Liberal, a democratização das instituições do Estado Novo era inevitável. O 25 de Abril, que nada tinha a ver com democracia e tudo a ver com o fim da guerra do Ultramar, acabou por precipitar a chegada da democracia – mas só em 25 de Novembro – mas com um custo tão desastroso como desnecessário. Tivesse o sucessor de Salazar sido Franco Nogueira – que se afirmava um republicano da Rotunda – em vez de Marcelo Caetano, e a democracia teria chegado a Portugal bastante depressa, e com acordos com os movimentos independentistas que tivessem salvaguardado os nossos legítimos interesses. Paciência, não aconteceu…
A incompetência, corrupção, criminalidade e tudo o mais sempre existiram. Desde que que o homem existe, que o pior e o melhor coexitem.. Hoje em dia é que sabemos ao segundo com as redes sociais e a globalização das notícias. As ditaduras sempre tiveram a informação controlada. No passado e agora. Pergunte aos russos e aos norte coreanos se sabem o que se passa. Sabe aquilo que o ditador quer que se saiba.
Portugal perdeu porque não assumiu a sua identidade! A notícia, manipuladora, diz que Portugal era o único país que tinha colónias em África, mas não disse que foi o primeiro a tê-las! Não tinha de receber lições dos outros que vieram atrás de nós e, por isso, eles saíram antes de nós…a reboque da política internacional da ONU, dominada por americanos e sovieticos, que queriam e conseguiram o enfraquecimento da Europa (e continuam o seu objectivo…).Foi uma traição à Pátria e sobretudo aos portugueses (de todas as raças bem entendido) desses territórios de África que viram definitivamente hipotecada uma possibilidade de desenvolvimento que estavam a ter como nenhum outro território em África. Lentamente, mas com alicerces de rocha…Quem sabe, se Portugal se tivesse mantido firme, a geopolítica de hoje não seria totalmente diferente…para melhor!
Era um ministro inteligente e o mais fotogénico do governo.
Esta análise do António é de mestre. Fala quem sabe. Quem não sabe só diz patetices. E não vejam lá com a treta “vermelha” de fascistas…Portugal é hoje um frangalho e na cauda da Europa.
Boa análise do Nuno Cardoso! Outra visão realista e honesta. Assim faz-se história, ao vontrário dos historiadores que primam por serem em grande parte comunistas e distorcedores das realidades.
E quantas vidas de jovens portugueses ( e dos autóctenes que tinham direito a reivindicar a terra que era deles ou não?!) teria custado essa “firmeza”, António?
A 1ª república portuguesa apareceu, do derrube da monarquia portuguesa, sendo uma das razões, o facto de não defender os territórios africanos, do mapa cor de rosa, tirados pela Inglaterra. Esta caiu depois, por terem levada a nação a um descalabro e total bancarrota, que nem a UNO, nos quis dar a mão. Os militares derrubaram então a 1ª república, e deram a reabilitação da nação a um professor da universidade de Coimbra, de nome Salazar, que o fez, e passou a defender os territórios de África, considerando-os parte da Nação.
Os comunistas arranjaram forma de entregar esses territórios, depois do 25 de Abril, que Portugal chamava de províncias ultramarinas, aos seus correligionários da internacional marxista leninista, derrubando o governo do Estado Novo, agora por defenderem as suas províncias ultramarinas.
Exato Neves Pinto. A esquerdalhada que derrubou a Monarquia, fê-lo por que ela não defendeu os territórios do mapa cor de rosa e depois outra esquerdalhada derrubou o governo do Estado Novo porque este defendeu os territórios que eram portugueses.
RIP