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Novo “super laser” britânico é capaz de cortar drones a meio com precisão (e por 11 euros)

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ZAP // Dall-E-3

Laser de alta potência pode destruir “qualquer alvo visível” à velocidade da luz. Cada disparo, com duração de 10 segundos, custa geralmente menos de 11,68 euros.

Atingido por um fio de luz, um drone letal multimilionário cai “inanimado” em 10 segundos, vítima de um disparo que custa menos do que litro e meio de azeite. Pela primeira vez, o Reino Unido testou com sucesso um laser de alta potência contra alvos aéreos.

Com um intenso feixe de luz, o DragonFire é capaz de cortar drones com “precisão exata” e pode causar “danos estruturais ou resultados ainda mais impactantes se for visada a ogiva”, lê-se em comunicado oficial do Ministério da Defesa britânico.

O laser é uma “arma de linha de visão” que pode destruir “qualquer alvo visível” à velocidade da luz. A sua precisão é “equivalente a acertar numa moeda a um quilómetro de distância”, garante o ministério britânico.

Cada disparo, com duração de 10 segundos, geralmente custa menos de 10 libras (11,68 euros) — o custo equivalente a “usar um aquecedor regular durante uma hora”, avança o ministério.

O maior objetivo do projeto é mesmo que a arma possa reduzir a dependência de munição de alto custo das Forças Armadas do Reino Unido, visto que atualmente, abater drones envolve disparar mísseis que custam mais de um milhão de euros.

Durante o teste, que teve lugar na Faixa das Hébridas, no noroeste da Escócia, a arma de defesa — que resulta de um investimento conjunto de 100 milhões de libras (cerca de 117 milhões de euros) — destruiu drones que se aproximavam de várias posições.

Tanto o Exército como a Marinha Real estão a considerar o uso desta tecnologia como parte das suas futuras capacidades de defesa aérea, num cenário de crescente financiamento da transição da tecnologia do ambiente de investigação para o campo de batalha por parte do Ministério da Defesa.

“Este tipo de armamento de ponta tem o potencial de revolucionar o campo de batalha, reduzindo a dependência de munição dispendiosa, enquanto também diminui o risco de danos colaterais”, garante o Secretário de Defesa, Grant Shapp.

“Investimentos com parceiros industriais em tecnologias avançadas como o DragonFire são cruciais num mundo altamente disputado, ajudando-nos a manter a vantagem vencedora em batalha e a manter a nação segura”, sublinha.

“Os testes do DragonFire demonstraram que a nossa tecnologia de liderança mundial pode rastrear e interagir com efeitos de alto nível à distância. Num mundo de ameaças em evolução, sabemos que o nosso foco deve ser fornecer capacidade ao combatente e vamos procurar acelerar esta próxima fase de atividade”, prometeu o diretor de programas estratégicos no ministério, Shimon Fhima.

A defesa britânica ainda tem, no entanto, alguns desafios técnicos pela frente.

Um deles é manter o laser estável numa plataforma móvel, algo que ainda não foi alcançado com sucesso; outro é adaptar o sistema às várias condições meteorológicas, uma vez que gotas de água e correntes de ar podem dispersar ou absorver o laser, afetando o seu desempenho.

Espera-se que a arma esteja operacional nos navios de guerra britânicos nos próximos cinco a dez anos.

Tomás Guimarães, ZAP //

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2 Comments

  1. Quem ler, pensa que se compram raios laser por 11€. Os 11€ é relativo ao consumo de energia gasto. O disparo é realizado com uma máquina experimental, cujo investimento é até agora de 117 milhões de euros.

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