O álbum de fotografias não morreu… para 14% das pessoas

Estudo confirma que a grande maioria das pessoas deixou de criar álbuns (físicos) de imagens. E, quem tem, nem olha para eles.

Era um hábito, e até continuará a ser em casas de alguns portugueses mais velhos: íamos a casa de alguém e víamos álbuns de fotografias.

Sobretudo entre família, os menos novos gostam de mostrar recordações aos mais novos, imagens de outros tempos. É famosa a frase: “Olha como tu eras, quando eras pequenina!”.

Mas essa tradição está a desaparecer e está a caminho de desaparecer mesmo totalmente.

Numa era digital, um novo estudo da Epson, enviado ao ZAP, indica que 86% das pessoas deixaram de criar álbuns físicos de fotografias de família – o que sugere que os álbuns ainda são uma realidade em 14% das casas.

Mesmo quem tem álbum, deixou de olhar para ele: em média, cada inquirido não olha para um álbum de fotografias há mais 19 meses, mais de um ano e meio.

Mais de um terço das pessoas nem tem qualquer imagem impressa de familiares ou amigos em casa.

Dos poucos que olham para fotos de familiares de outros tempos, 80% contam que ficam mais felizes nesse momento; mais de metade sente orgulho e nostalgia.

85% dos pais acreditam que a visualização de álbuns faz com que as crianças se sintam mais próximas dos seus familiares; 94% afirmam que dá às crianças um forte sentido de identidade, também as faz sentir que pertencem à sua família.

Há uma sensação de bem-estar ao encontrar nomes de pessoas, datas ou locais escritos no verso das fotografias; mas a maioria (75%) tem noção de que isso pode perder-se totalmente por causa das imagens digitais.

Olhando para a realidade actual, estima-se que só são impressas 2% das fotografias tiradas hoje em dia.

O estudo só não revela se alguma vez voltamos a olhar – mesmo que seja num ecrã – para a maioria das fotografias que tiramos pelo telemóvel.

ZAP //

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