B61-13, variante moderna da B61, “implicaria assassínios indiscriminados de civis e a destruição de infraestruturas civis críticas, o que constituiria crimes de guerra”, se fosse usada.
A Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (ICAN) mostrou-se esta segunda-feira preocupada com o anúncio dos EUA do lançamento de uma nova geração de armas atómicas e alertou para o seu potencial poder destrutivo.
A nova bomba B61-13 — cujos pormenores o Pentágono anunciou na semana passada — “é uma escalada irresponsável na nova corrida armamentista“, disse a diretora executiva da ICAN, Melissa Parke, num comunicado, lembrando que o seu poder destrutivo é 22 vezes superior ao da bomba que matou 140 mil pessoas em Hiroshima, Japão, em 1945.
In the statement made by the US Department of Defense, it was noted that work will be done to develop the B61-13 new generation nuclear bomb. pic.twitter.com/4HitVEMuAx
— International Defence Analysis (@Defence_IDA) October 28, 2023
Anunciar estes planos no meio de conflitos na Europa e no Médio Oriente envolvendo países com armas nucleares (Rússia e Israel) é um ato arrogante face aos esforços para que estas armas de destruição maciça não sejam utilizadas novamente“, acrescentou Parke.
No comunicado, a ICAN lembrou ainda que outra arma nuclear que faz parte dos planos de modernização da defesa dos EUA, a B61-12, já está a ser implantada em bases da NATO na Bélgica, Alemanha, Itália, Países Baixos e Turquia.
Exigimos que Washington cancele estes programas de modernização e, em vez disso, honre os seus compromissos com o Tratado de Não-Proliferação, iniciando negociações para o desarmamento nuclear”, acrescentou a diretora executiva da ICAN.
A utilização deste tipo de armas, defendeu Parke, “implicaria assassínios indiscriminados de civis e a destruição de infraestruturas civis críticas, o que constituiria crimes de guerra”.
// Lusa
Uma bomba 22 vezes superior à de Hiroshima (15kt) é um brinquedo comparado com armas termonucleares actuais que tem centenas ou milheres de vezes mais poder…enfim