Depois da frase “Somos os EUA, por amor de Deus!”, agora o presidente dos EUA perguntou a um jornalista se queria fazer um discurso.
Em poucos dias, Joe Biden pareceu ficar incomodado com perguntas de jornalistas. Embora em tons diferentes.
Há cerca de duas semanas, houve um momento de alguma tensão no famoso programa 60 Minutos, da CBS.
O jornalista Scott Pelley perguntou: “As guerras em Israel e na Ucrânia são mais do que os Estados Unidos podem assumir ao mesmo tempo?”.
O presidente dos Estados Unidos da América respondeu: “Somos os Estados Unidos da América, por amor de Deus! A nação mais poderosa na história mundial. Na história mundial! Conseguimos lidar com as duas guerras e manter a nossa defesa internacional”.
E acrescentou: “Temos capacidade e a obrigação de lidar com isso. Se não formos nós, quem o fará?”.
“Are the wars in Israel and Ukraine more than the United States can take on at the same time?” Scott Pelley asks President Biden.
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— 60 Minutes (@60Minutes) October 15, 2023
Nesta semana o pequeno incidente decorreu durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, onde estava ao lado de Anthony Albanese, primeiro-ministro da Austrália.
O jornalista Joey Garrison, do USA Today, falou: “Senhor Presidente, quero perguntar sobre o conflito – a guerra no Médio Oriente. 24 soldados dos EUA ficaram feridos durante 10 ataques de drones ou foguetes contra bases no Iraque, e três na Síria durante a semana passada. Disse ao Irão “Tenha cuidado”, enquanto a sua administração tenta impedir que a guerra Israel-Hamas se expanda para um conflito maior no Médio Oriente. Mas será que os americanos deveriam estar preocupados com o facto de a guerra já estar a escalar? E depois de responder a essa pergunta, gostaria abordar mais um assunto, por favor”.
“Um ou dois?”, perguntou o Biden, a sorrir. “Dois ou três”, respondeu o jornalista, cita o HuffPost.
Depois da resposta, Garrison voltou a falar: “Bem, deixe-me perguntar sobre o outro assunto. Quero abordar – ah, aqui vamos nós – as suas conversas com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin, Netanyahu, que obviamente você conhece há décadas. E fez uma viagem muito emocionante na semana passada até Israel. Netanyahu deu-lhe garantias de que adiará uma invasão terrestre em Gaza até que a libertação dos reféns possa ser garantida? E, claro, isso inclui 10 americanos desaparecidos”.
Joe Biden disse que não tinha essa garantia. “O que lhe disse é que, se for possível retirar essas pessoas com segurança, é isso que ele deve fazer. A decisão é deles, mas eu não exigi isso. Se for realista, deve ser feito. Obrigado”.
O “obrigado” era uma forma de dizer “próximo jornalista”. Mas o representante do USA Today ainda não tinha terminado: “Mas esses reféns não estarão em perigo se houver uma invasão terrestre?”.
Biden reagiu: “Você quer fazer um discurso?” – e, com a mão, deu-lhe sinal para vir para o seu lado.