A maioria das previsões que o Governo fez Orçamento do Estado para 2023 não se vão concredizar, por excesso de pessimismo por parte dos governantes.
O cenário de incerteza global que tem marcado os últimos anos, devido a fatores como a pandemia e a guerra na Ucrânia, também se reflete nas previsões económicas de Portugal para 2023 e 2024.
Múltiplas revisões têm sido feitas ao Orçamento do Estado (OE), sinalizando uma falta de precisão nas estimativas iniciais e colocando em dúvida a exatidão dos dados projetados para 2024.
O OE para 2023, apresentado em outubro de 2022, previa um crescimento do PIB de 1,3%. Contudo, essa estimativa mostrou-se pessimista.
O Programa de Estabilidade de abril já ajustou essa cifra para 1,8%, com Fernando Medina a apontar para um crescimento acima de 2%. Entidades como o Conselho das Finanças Públicas e o Banco de Portugal também atualizaram as suas projeções, situando-as entre 2,1% e 2,2%.
A inflação é outro indicador que tem sofrido revisões. Inicialmente apontada em 4% para 2023, foi atualizada para 5,1% em abril e agora, dados do INE de agosto mostram uma taxa média nos últimos 12 meses de 6,3%. O Banco de Portugal prevê uma inflação de 5,4%, escreve o ECO.
Quanto à dívida pública, o rácio deveria situar-se nos 107,5% do PIB em 2023, de acordo com o Programa de Estabilidade. No entanto, Medina já apontou que o valor final deverá ser menor, talvez em torno dos 106,1%.
Originalmente, o défice esperado para 2023 estava em 0,9%. Contudo, esse valor foi revisto para 0,4% e, surpreendentemente, o primeiro-ministro já admite a possibilidade de um excedente orçamental já em 2023, algo confirmado também pelo Conselho das Finanças Públicas e pela Iniciativa Liberal.
Além desses indicadores, variáveis externas como o preço do petróleo têm impacto. Inicialmente estimado em 74,8 dólares o barril para 2023, os dados mais recentes já apontam para uma média anual de 82,03 dólares, criando novos riscos e oportunidades para a economia portuguesa.
As constantes revisões no Orçamento do Estado para 2023 e as futuras previsões para 2024 ilustram a dificuldade de fazer projeções económicas num cenário global instável. Enquanto algumas metas parecem agora mais facilmente alcançáveis, como o crescimento do PIB e a redução do défice, outras como a inflação e a dívida pública continuam a ser motivo de preocupação.
Isto só prova a fraca qualidade deste ministro. Onde é bom é no gamanço, como aconteceu na Câmara de Lisboa.
Não se enganou… simplesmente não eprcebeu o que era a inflação!
não será engano da noticia… em vez de pessimismo ser otimismo uma vez que muitos dos valores vão ficar aquem do inicialmente previsto!!!
“Primeiro-Ministro Medina” ?? Erro freudiano ou simples desatenção?
Caro leitor,
Foi erro freudiano.
Obrigado pelo reparo, está corrigido.
Chega a ser cómico olharmos para estes comentários, de pessoas que certamente o que pretendem é apenas “botar abaixo”, não querem perceber que estas notícias contêm algo de muito positivo, que é “culpa” do governo, bem como é culpa do mesmo quando algo corre mal. Digam lá quem, a nível mundial, é que conseguiu acertar em qualquer previsão para o ano em curso. Então nós ultrapassámos as previsões mais pessimistas e mesmo assim somos insultados?
São uns ladrões, uns incompetentes, uns safardanas, mas fazem, que é algo que não se perspectiva ver, vindo de outro lado qualquer.
Também tenho sentido muitas desilusões com este governo, mas olho para o lado e assusta-me a ideia de ver o nosso país nas mãos de qualquer outro líder partidário, por isso, só desejo muita saúde e perseverança ao actual, pode ser mau, mas é aquele em quem mais confio.