O “crime da Guarda Urbana” que aconteceu em 2017, em Barcelona, originou a série “El cuerpo en llamas” que a Netflix pretende estrear a 8 de Setembro próximo – isto se a mulher condenada pelo assassinato não o impedir.
Rosa Peral foi condenada a 25 anos de prisão em 2020, pelo assassinato do seu companheiro, Pedro R., com a ajuda do então amante, Albert López que foi condenado a 20 anos de prisão.
Os três envolvidos eram todos agentes de polícia na Guarda Urbana de Barcelona. Por isso, o caso ficou conhecido como o “crime da Guarda Urbana”.
Após a comoção que causou em Espanha, foi criada a mini-série – “El cuerpo en llamas” (O corpo em chamas na tradução para Português) – que vai estrear a 8 de Setembro próximo na Netflix Espanha. Também deve estrear na plataforma em Portugal no mesmo dia.
Rosa Peral quer impedir que a mini-série seja transmitida alegando que vai lesar o seu direito à honra.
Para já, a justiça da Catalunha recusou o pedido da assassina condenada para impedir a estreia. O Tribunal Superior de Justiça recusou a aplicação de medidas cautelares por “falta de competência”.
A decisão não tem espaço para recurso e é provável que Rosa Peral não consiga o que pretende.
A ex-agente da Guarda Urbana e o amante terão morto Pedro R. por acreditarem que este “atrapalhava o relacionamento deles”, segundo ficou provado em tribunal.
Depois de o matarem, queimaram o cadáver dentro do carro da vítima numa zona de floresta.
A actriz Úrsula Corberó – a Tokio de “La casa de papel” – vai fazer de Rosa Peral na mini-série.
Corberó já disse que foi o papel que mais lhe custou fazer. “É a personagem mais complicada que já criei, com a qual mais me custou conectar, a mais difícil de entender e habitar”, realçou.
No mesmo dia da estreia de “El cuerpo en llamas”, Peral vai contar a sua versão do crime num documentário da Netflix. Pela primeira vez, será revelado o seu depoimento em tribunal, bem como material inédito, incluindo vídeos e fotos, e entrevistas com pessoas próximas dela, com advogados do caso e jornalistas.
Rosa Peral e Albert López estão inocentes. Pedro R. sou eu. Como se percebe, não fui assassinado.