Um novo estudo recorreu à matemática para contrariar a teoria de que o monstro do Loch Ness era uma enguia gigante.
Há muitos anos que a enigmática criatura que supostamente habita o Lago Ness na Escócia, popularmente conhecida como “Nessie”, origina fascínio, especulação e teorias da conspiração.
Em 2019, uma pesquisa analisou o lago em busca de material genético de plesiossauro e não encontrou vestígios. Também não foram detetados sinais de esturjão, peixe-gato ou tubarões da Gronelândia — animais que se acredita que possam ter sido confundidos com o monstro.
No entanto, a análise encontrou grandes quantidades de ADN de enguias, o que deu força à teoria que sugere que Nessie pode ter sido uma enguia gigante.
Mas um novo estudo publicado na JMIRx Bio contraria a famosa teoria de que Nessie poderia ser uma enguia. O cientista de dados Floe Foxon analisou os dados de captura de enguias do lago noutras águas europeias para avaliar a probabilidade de se avistar uma enguia extraordinariamente grande.
O estudo de Foxon mostra que o comprimento máximo registado de uma enguia europeia é de 0,932 metros, com o maior comprimento possível estimado a ficar-se nos 1,3 metros. A enguia teria que ser significativamente maior para se alinhar com os relatos do tamanho de Nessie, que colocam o monstro entre os 2,4 e 6,1 metros.
As probabilidades de encontrar uma enguia de um metro no lagos são aproximadamente de 1 em 50 000, sugerindo que alguns avistamentos poderiam ser de enguias grandes, mas as probabilidades de serem de uma enguia de 6 metros são praticamente nulas, explica o Science Alert.
À luz destas descobertas, Foxon afirma que é improvável que as enguias sejam responsáveis pelos avistamentos de criaturas maiores, continuando assim sem solução um mistério com quase 100 anos.
“Um novo estudo recorrer”
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