Nos últimos quatro anos os preços das casas em Portugal subiram quase 50%; os salários não. Mas há locais onde ainda se consegue gerir mais facilmente as contas.
A taxa de esforço para pagamento da prestação da casa ao banco tem sido assunto frequente em Portugal.
A taxa de esforço é a percentagem do orçamento familiar que é destinada ao crédito à habitação. A taxa máxima recomendada pelo Banco de Portugal é de 30%.
Chegar hoje a esse limite é muito diferente do limite que se verificava há pouco tempo.
Nos últimos quatro anos, os preços das casas (medianas) subiram 42%. No último ano antes da pandemia, 2019, um T2 em Portugal custava 148 mil euros; agora, um T2 em Portugal tem um preço mediano de 210 mil euros.
Esses números, associados à subida recorde das taxas de juro, faz diferença nos salários: em 2019, para estar dentro dos tais 30% de taxa de esforço, a família precisava de 1.133 euros líquidos por mês para pagar a casa – e agora precisa de 2.306 euros líquidos por mês.
Os números surgem no estudo do Idealista, que destaca que o salário líquido necessário para pagar o crédito à habitação (sempre dento da taxa de esforço de 30%) mais do que duplicou em 13 capitais de distrito, ao longo dos últimos quatro anos.
Entre as capitais de distrito, o maior aumento foi em Vila Real (subida de 98%) e o menor aumento foi em Portalegre: subida de 10% do salário familiar necessário, apesar da descida no preço das casas de 23% desde 2019; foram as subidas dos juros a ditar esse aumento.
Lisboa, com as casas mais caras (mediana de 411 mil euros no último trimestre), é sinónimo de salário líquido necessário de 4.525 euros por mês, para pagar a casa com taxa de esforço até 30%.
Mesmo assim, há cinco cidades capitais de distrito onde se consegue pagar a prestação da casa sem esforço recebendo um salário abaixo dos 1.000 euros líquidos por mês.
Portalegre, Guarda, Castelo Branco, Beja e Bragança são as excepções; aqui consegue-se (em média) pagar a prestação ao banco sem gastar mais do que 30% do orçamento familiar – mesmo recebendo menos do que 1.000 euros por mês.
Castelo Branco além de ser uma cidade linda tem uma qualidade de vida fantástica. Os passeios têm vias para caminhadas e é muito arborizada. É uma cidade onde é muito fácil viver. Tem o Centro Histórico e uma Universidade, 1 Centro Cultural, 2 shoppings modernos, todas as marcas de supermercados, um Cine-teatro com cinema de autor e teatro onde assisti ao show do Gilberto Gil, uma praça cheia de restaurantes, as Docas onde está o museu de Arte Moderna e a Biblioteca. Tem 2 Centros de Saúde com edifícios modernos e sem filas de espera, um Hospital Público. Tem restaurantes indianos, chineses e italianos. Tem UBER, GLOVO, o Intercidades a 2,30 horas de Lisboa e Rodoviária para todo o lado. Está ligada a Lisboa por auto-estrada. O que salta logo à vista é que é tudo novo, moderno. Não é como a Covilhã que é decadente. O único senão, como CB tem temperaturas extremas não se pode viver sem ar condicionado.