A pesquisa descobriu que o movimento das placas tectónicas também ocorre em ciclos de 36 milhões de anos, estando relacionado com o surgimento e extinção de várias espécies marinhas.
A vida marinha na Terra explode a cada 36 milhões de anos e um novo estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences descobriu a razão para este fenómeno.
A pesquisa baseou-se numa análise profunda aos registos fósseis e geológicos que revelou que a mudança no nível das águas do mar ocorre em resposta ao ciclo de 36 milhões de anos de movimentos das placas tectónicas, explica o Science Alert.
Isto acaba por perturbar vários ecossistemas, o que faz com que muitas espécies sofram enquanto outras florescerem nos novos ecossistemas que surgem. Uma análise ao registo fóssil mostra que a biodiversidade não é uma constante e que, pelo contrário, varia dramaticamente em escalas de dezenas de milhões de anos, com o surgimento de novas espécies e a extinção de outras.
O que não se sabia até agora é o que causa estas mudanças e se há algum mecanismo que as provoca ou se cada evento é único e tem uma causa diferente.
Para responder a esta dúvida, a equipa fez uma grande análise a várias bases de dados geológicas dos últimos 250 milhões de anos e combinou os dados com simulações de computador e modelos criados pelo software de visualização tectónica GPlates.
O afastamento das placas tectónias, que estica o fundo do mar, e a criação de zonas de subducção causam variações no nível do mar ao longo de períodos de tempo bastante prolongados.
As simulações notaram um ciclo de 36 milhões de anos na diversidade da vida marinha e descobriram uma correlação com o ciclo de movimentos das placas tectónicas.