Com o Banco Central Europeu (BCE) a aumentar ainda mais a taxa de juros em prol do combate à inflação, a prestação da casa volta a agravar-se, uma tendência que se tem registado há mais de um ano (mas que vai dar a volta).
O valor da mensalidade do empréstimo da casa vai aumentar outra vez em julho e vai continuar a aumentar nos próximos meses.
Prestações dos contratos com revisão de condições no próximo mês vão sofrer aumentos que, em alguns casos, podem chegar aos 260 euros.
No entanto, a subida já representa um alívio face aos aumentos dos últimos meses — e os aumentos futuros vão ser cada vez mais pequenos, segundo o ECO, que fez as contas para cada caso.
Em Portugal, 90% dos contratos do crédito à habitação estão indexados às chamadas Euribor, as taxas mais afetadas pelas mudanças do BCE.
Com a Euribor a três meses, a prestação dos próximos três meses irá subir para cerca de 763 euros, mais de 54,6 euros (+7,7%) em relação à prestação paga desde desde abril.
Se a prestação for a seis meses, o valor pode chegar aos 789 euros, um aumento de 110,9 euros (+16%) em relação ao valor pago desde janeiro.
No caso dos 12 meses, o aumento é mais significativo — 262 euros (48,2%) em relação ao último ano, parando nos 805 euros.
Aumentos vão ser cada vez menores
Apesar da certeza de aumento das prestações nos próximos meses, o ECO sublinha que a tendência aponta para que estes agravamentos sejam cada vez menos significativos.
Por exemplo, um contrato associado à Euribor a 12 meses teve o aumento mais expressivo em abril (+307 euros). Os agravamentos nos meses que se seguiram foram menos significativos: 300 euros em maio, 290 euros em junho e 262 euros em julho.
Prevê-se uma estabilização da Euribor, que se irá refletir nas prestações, que se espera que deixem de subir já no próximo ano — e que eventualmente até baixem.