Colega morreu e continuaram a trabalhar junto ao cadáver

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“Filme de terror”: empresa ordenou aos funcionários que continuassem a trabalhar – quando tinha acabado de morrer uma pessoa ali ao lado.

Não, não é de um filme. Aparentemente, aconteceu em Espanha.

A Confederação Geral do Trabalho de Espanha (CGT) denunciou num comunicado que uma trabalhadora num call center morreu – e os outros funcionários continuaram a trabalhar, ao lado do cadáver.

Aconteceu há uma semana, no dia 13: a funcionária chamava-se Imaculada e foi vítima de morte súbita, enquanto trabalhava.

Mas a empresa obrigou os outros funcionários a trabalhar. Porque os seus serviços eram “essenciais”, cita a CNN.

O comunicado da CGT descreve o que aconteceu: “Uma colega teve de a segurar para que não caísse da cadeira”.

“Depois tentaram activa e passivamente reanimá-la, para que ficasse connosco um pouco mais, para que o seu coração continuasse a cantar os acordes da vida, mas não. O relógio parou para sempre antes das 14 horas”, lê-se na denúncia.

No meio da confusão (e do desespero, calculamos) dos restantes trabalhadores, os recursos humanos da empresa disseram-lhes para continuarem a trabalhar.

Por isso, continuaram a receber chamadas, a falar ao telefone. Com o corpo na sala.

Parecia um filme de terror. Ao lado da nossa companheira, alguém fazia uma chamada. O serviço continuava normalmente”.

O comunicado salienta que, naquele momento, era preciso parar para “apelar à sanidade mental” – mas alguém repetia insistentemente: “Somos um serviço essencial“.

E continuaram a trabalhar. Na empresa (mesmo tendo a possibilidade de estar em teletrabalho).

ZAP //

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