“Pablo Escobar brasileiro” extraditado da Hungria para a Bélgica

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Sérgio Roberto de Carvalho, o “Pablo Escobar brasileiro”

O traficante conhecido como “Pablo Escobar brasileiro”, apontado pela Interpol como o líder de uma grande organização de tráfico de cocaína para a Europa, foi extraditado da Hungria para a Bélgica.

O “Pablo Escobar brasileiro”, Sérgio Roberto de Carvalho, foi extraditado da Hungria para a Bélgica, anunciaram as autoridades húngaras esta sexta-feira, citadas pela agência AFP.

Considerado “um dos criminosos mais perigosos do mundo”, o ex-major da Polícia Militar brasileira, “foi entregue à Bélgica na quinta-feira, respeitando as normas de segurança mais elevadas”, indicou a polícia húngara em comunicado.

No seu site, a polícia publicou um vídeo que mostra a transferência do traficante brasileiro de uma prisão em Budapeste para o aeroporto, onde foi colocado num avião do Exército belga.

“Entregámos o traficante brasileiro à Bélgica. O traficante de drogas brasileiro mais conhecido do mundo, que foi preso aqui no nosso país no verão passado, foi entregue ontem, com medidas de segurança reforçadas“, lê-se na legenda do vídeo.

O “Pablo Escobar brasileiro”, que tinha sido detido na Hungria em junho de 2022, era procurado desde novembro de 2020 após a apreensão no Brasil de “mais de 100 milhões de dólares” pertencentes à organização criminosa que dirigia, segundo a Polícia Federal brasileira.

Desde então, Sérgio Roberto de Carvalho era um dos criminosos mais procurados pela Interpol, já que muitos países, entre os quais o próprio Brasil, solicitavam a sua extradição por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e homicídio vinculado ao crime organizado.

A organização do “Pablo Escobar brasileiro”, assim chamado em referência ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar, é “responsável por traficar pelo menos 45 toneladas de cocaína entre 2017 e 2019”, detalhou a polícia húngara.

Para evitar as autoridades, o ex-militar encenou várias vezes a sua morte e usou pelo menos dez identidades diferentes, para cada uma das quais tinha documentos falsos, segundo a mesma fonte.

Em 2018, o narcotraficante tinha sido detido em Espanha, onde se tinha refugiado com o nome de Paul Wouter, sob a acusação de ser proprietário de um esconderijo de 1.700 quilos de cocaína apreendido num navio com destino à região da Galiza.

À medida que o julgamento se aproximava, Carvalho forjou a sua própria morte com uma certidão de óbito fraudulenta para encenar uma fuga da prisão.

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