O trânsito está condicionado a partir de hoje e por tempo indeterminado na zona ribeirinha e Baixa de Lisboa devido a várias obras, sendo sugeridas pela Câmara Municipal alternativas para circular de Alcântara ao Parque das Nações.
Segundo a Câmara Municipal de Lisboa, na zona ribeirinha e Avenida 24 de Julho, entre a Avenida Infante Santo e a Avenida Mouzinho de Albuquerque, será proibido o trânsito em geral, em ambos os sentidos, e o acesso só será possível a moradores e trabalhadores.
Na zona da Baixa, os veículos com mais de 3,5 toneladas só poderão circular durante a noite, entre as 20h e as 8h, incluindo viaturas de abastecimento ao comércio da zona, com exceção para os veículos de transporte público, como os autocarros da Carris.
Segundo o vereador responsável pela mobilidade da Câmara de Lisboa, Anacoreta Correia, o “plano é dinâmico” e não tem, para já, um fim à vista e terá alterações consoante a conclusão das obras vai progredindo. No entanto, algumas regras, como a da limitação aos veículos com mais de 3,5 toneladas durante o dia, deverão continuar após o fim das obras.
Para desviar o trânsito das zonas condicionadas, a Câmara sugere, em alternativa, que seja utilizada para atravessamento uma “5.ª Circular”, um percurso que parte de Alcântara – Avenida Infante Santo — Estrela – Avenida Álvares Cabral — Rato — Rua Alexandre Herculano – Conde Redondo — Avenida Almirante Reis – Praça do Chile — Rua Morais Soares – Praça Paiva Couceiro — Avenida Mouzinho de Albuquerque – Parque das Nações.
Entre as obras que vão provocar os condicionamentos estão a expansão do metro de Lisboa, a realização do Plano de Drenagem, para evitar situações de cheias na capital, a reabilitação da rede de saneamento e a repavimentação de vias.
Nas imediações da Rua da Prata e da Alameda Infante D. Henrique, o trânsito já está condicionado. Nos locais com circulação condicionada existirá sinalização adequada e estarão agentes da polícia a sensibilizar e esclarecer os condutores para as novas regras.
“Impacto das obras é brutal”
A presidente da União das Associações de Comércio e Serviços de Lisboa ficou surpreendida com a dimensão dos cortes de trânsito, sublinhando à TSF que não foi informada pela autarquia.
“É óbvio que estamos com receio do impacto, não estávamos à espera desta alteração do trânsito. Até há uma semana não tínhamos a informação de que iria ser feita esta limitação. Percebemos que tem que ser feito em virtude da necessidade destas obras, mas o impacto vai ser significativo”, disse Carla Salsinha.
“Vai ter repercussões na faturação das empresas e na deslocação das pessoas”, lamentou. Os dois anos de limitação, na sua ótica, “vão mudar hábitos” e podem mesmo levar ao “encerramento das empresas”. Razão pela qual Carla Salsinha diz que serão necessários apoios.
ZAP // Lusa