60 corpos encontrados. Morreram à fome para “encontrar Jesus”

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STR/EPA

Operações de busca no Quénia

A igreja que quer espalhar “boas notícias” incentiva os seus seguidores a rituais que podem acabar com a sua vida. Presidente atrás dos cultos “terroristas”.

A contabilidade continua a aumentar: cerca de 60 corpos foram encontrados no Quénia, numa floresta perto de Malindi. Aparentemente todas aquelas pessoas morreram devido a um culto religioso.

A polícia do Quénia informou no sábado passado que tinha exumado, num primeiro momento, sete corpos. Já são cerca de 60, noticia o canal Euronews.

Estas mortes estarão relacionadas com uma igreja que quer espalhar “boas notícias” – mas incentiva os seus seguidores a rituais que podem originar a morte.

As pessoas ligadas à Good News International Church – igreja internacional das boas notícias, ou da boa nova – são incentivadas (ou obrigadas) a jejuns prolongados, até desmaiarem. Ou mesmo até morrerem. Tudo para “encontrar Jesus”.

Hussein Khalid, director da organização de direitos humanos Haki Africa, avisou que “há muita gente que ainda está com a igreja, que continua a jejuar e, possivelmente, a morrer a cada segundo que passa. Por isso é que apelamos ao governo nacional para mandar gente para o terreno”.

Há diversas crianças entre as vítimas. “As crianças devem estar com a família e a comunidade. Aqui eram amarradas com cordas e obrigadas a jejuar até desmaiarem. Isto é um choque para todo o país. Uma crueldade”, comentou o assistente social Sebastian Muteti.

William Ruto, presidente do Quénia, já reagiu. E promete medidas contra este tipo de cultos “terroristas, que usam a religião para promover actos hediondos”.

O principal suspeito foi detido: Paul Mackenzie Nthenge, líder da Good News International Church – que no entanto já saiu da prisão, sob pagamento de fiança.

A polícia invadiu a floresta depois de receber informações sobre a morte de pessoas “a morrer à fome sob o pretexto de conhecer Jesus após sofrerem lavagem cerebral” por Nthenge.

A polícia teme que o número de mortos seja muito maior porque as operações de busca continuam na floresta de 300 hectares.

Segundo a Cruz Vermelha do Quénia, ainda há mais de uma centena de pessoas desaparecidas.

ZAP //

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3 Comments

  1. Muito bem; boa viagem para junto de Jesus – são menos malucos na Terra!…
    Religiões, desde sempre a atrasar e a prejudicar o desenvolvimento humano!!

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