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Afinal, Ana Obregón não foi mãe, mas avó. Bebé é do filho que morreu há 3 anos

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(dr) ¡Hola!.

Ana Obregón com a neta na capa da revista ¡Hola!.

Estalou a polémica em Espanha, depois de a actriz e apresentadora de televisão Ana Obregón, de 68 anos, ter aparecido nas capas das revistas com a sua suposta filha bebé. Mas, afinal, a criança é sua neta, filha do filho que lhe morreu há três anos.

Ana Sandra, o nome da criança no meio desta polémica que chegou à esfera política, nasceu nos EUA, através de uma barriga de aluguer. O processo é ilegal em Espanha que permite a inseminação post mortem desde que ocorra até um ano depois da morte do dador.

Ana Obregón, uma conhecida apresentadora de televisão, actriz e socialite habituada a estar nas capas das revistas cor-de-rosa, apareceu em toda a imprensa deste sector com a sua alegada filha nos braços.

Logo choveram críticas devido à idade de Ana Obregón que já tem 68 anos. Mas a apresentadora revela agora que, afinal, a criança é filha de Aless Lequio, o filho que perdeu há três anos.

“Esta foi a última vontade do Aless, a de trazer um filho seu ao mundo”, refere Ana Obregón em entrevista à revista ¡Hola!.

A socialite nota que tomou a decisão quando o seu filho mais velho morreu em Maio de 2020, com 27 anos, depois de perder a batalha contra um cancro.

Em termos legais, a criança é sua filha. E Ana Obregón só aguarda que Ana Sandra tenha o passaporte norte-americano para voltar a Espanha. Nesta altura, está a residir em Miami, nos EUA, onde a menina nasceu.

“Em Espanha, estamos no século passado”

A ¡Hola! confronta a apresentadora com o “choque” que se viveu em Espanha, depois de se ter noticiado que ela tinha resolvido ser mãe solteira aos 68 anos de idade. “Esta menina não é minha filha, mas minha neta”, frisa à revista.

“Quando crescer, contar-lhe-ei que o seu pai foi um herói, para que saiba quem foi e como tem que estar orgulhosa dele”, salienta ainda.

Quanto às críticas, não as aceita, sobretudo daqueles que nunca perderam um filho. A bebé “é um presente dos céus”, salienta, considerando que o debate em torno do caso é “absurdo”.

“Esta técnica de reprodução assistida já se realiza há muitos anos e é legal em muitos países do mundo. Muitos casais que não podem ter filhos ou casais homossexuais, ou por qualquer motivo que seja, utilizam esta técnica”, destaca Ana Obregón.

Nos EUA, as pessoas estão “abertas” a este tipo de processo, mas “em Espanha, meu Deus, estamos no século passado“, lamenta também.

“Voltei a nascer”

Quando os pacientes com cancro se submetem a processos de quimioterapia, alguns médicos recomendam que congelem amostras de esperma ou de óvulos, uma vez que este tipo de tratamento pode afectar a fertilidade.

Foi isso que Aless Lequio fez, como revela Ana Obregón à ¡Hola!, notando que as amostras foram crio-preservadas em Nova Iorque.

O caso despoletou opiniões de anónimos e famosos, mas também de políticos e até de governantes espanhóis, incluindo da ministra da Igualdade, Irene Montero, que diz que as barrigas de aluguer são “uma forma de violência contra as mulheres“, pois aproveitam-se da pobreza daquelas que se prestam a isso.

Já a ministra das Finanças de Espanha, María Jesús Montero, fala em “exploração do corpo da mulher”.

Alheia a tudo isso, Ana Obregón diz que ganhou uma segunda vida. “Eu morri a 13 de Maio de 2020 e voltei a nascer a 20 de Março de 2023”, refere, apontando as datas da morte do filho e do nascimento da neta.

A apresentadora nota ainda que tem “a sorte” de poder deixar a neta “em muito boa situação” em termos financeiros, quando morrer. Até lá, tem “todo o amor do mundo para lhe dar”, conclui.

Susana Valente, ZAP //

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1 Comment

  1. O mais curioso nesta notícia é a data da capa da revista: 12 de abril de 2023. Isto é que é ser informado com antecedência!

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