A Força Aérea dos Estados Unidos apresentou um novo conceito de mísseis que se transformam já no ar, para perseguirem e atingirem os alvos de forma mais eficiente.
Foi a semana passada apresentado o Projeto “Mutant” (Missile Utility Transformation via Articulated Nose Technology), do AFRL (Laboratório de Investigação da Força Aérea dos EUA), durante o Simpósio de Guerra da Associação das Forças Aéreas e Espaciais, em Aurora, Colorado.
Segundo a revista Vice, o objetivo da Força Aérea dos EUA com os mísseis “Mutant”, é tornar os projéteis altamente manobráveis, de modo a atingir os seus alvos e explodir da forma mais rápida e eficaz.
Na apresentação, o AFRL mostrou imagens de um protótipo do “Mutant”, concebidas por um computador, além de imagens de testes no terreno.
O conceito do “Mutant” contempla uma cabeça articulada — em forma de nariz — que se pode torcer para ajudar a mudar a direção e atingir o alvo. As imagens de teste apresentam-no como um nariz em cone agregado a uma espécie de “mola Slinky“.
O “Mutant”, cujo protótipo foi desenvolvido a partir de um míssil Hellfire adaptado, está ainda em fase inicial de conceção e de testes. Segundo o AFRL, este é um conceito inicialmente idealizado nos anos 50, mas que não seria possível sem os desenvolvimentos tecnológicos atualmente disponíveis.
“Historicamente, o tamanho, o peso e poder desta tecnologia impediam este tipo de evolução” explica o laboratório numa nota de imprensa. “O novo míssil vai mudar as regras do jogo a favor das armas que se transformam”, diz a nota.
Este novo conceito de mísseis que se torcem e transformam em pleno ar é aparentemente uma primeira resposta do exército dos EUA à nova geração de mísseis hipersónicos “invencíveis” que estão a ser desenvolvidos quer pela Rússia quer pela China.