Argentina 2-0 México | Messi e Enzo desatam nó górdio

Friedmann Vogel / EPA

O jogo estava aborrecido, sem emoção, ocasiões de golo, com poucos remates, quase nenhuma acção nas duas grandes áreas, numa das mais desconcertantes demonstrações de falta de ideias que vimos neste Mundial.

Até que, praticamente do nada, Lionel Messi arrancou um pontapé de fora da área, muito colocado, e deu a vitória à Argentina. castigo também para o México, cuja estratégia foi, basicamente, despejar bolas longas para Hirving Lozano. Perto do final, o recém-entrado Enzo Fernandez, médio do Benfica, fez o 2-0 com classe.

Confrangedora. Este o adjectivo para descrever a primeira parte entre Argentina e México, duas equipas a precisarem de pontos, mais a equipa de Messi, que perdeu na primeira jornada com a Arábia Saudita – o México empatou com a Polónia. “La celeste” com muita bola, mas a demonstrar uma incapacidade gritante para rematar ou até levá-la até à área contrária, como os números da primeira parte demonstram.

O menos mau nesta fase era Otamendi. O central do Benfica registava um GoalPoint Rating de 5.7, uma vez que era o jogador com mais acções com bola (65), o segundo em desarmes (3) e patenteava um domínio assinalável nos duelos aéreos, com seis ganhos em sete.

Nada mudou na segunda parte, a não ser que o suspeito do costume acordou. A Argentina continuava sem soluções, ideias, remates, acções na área contrária (nenhuma deste o intervalo) quando Lionel Messi pegou na bola em zona frontal à grande área, rematou rasteiro e muito colocado para o 1-0. Ninguém estava verdadeiramente à espera, mas “La Pulga” lá tirou um “coelho da cartola”.

Porém havia mais um. Perto do fim, Enzo Fernández arrancou um excelente pontapé que fixou o resultado em 2-0, naquela que foi, ainda assim, uma excelente resposta da “albiceleste” ao desaire no arranque.

Melhor em Campo

A entrada de Enzo Fernández aos 57 minutos teve o condão, numa primeira fase, de dar um pouco de ordem ao meio-campo da Argentina, ajudando a intensificar o domínio territorial.

O desbloquear da partida foi culpa de Lionel Messi, mas o benfiquista arrancou um excelente golo perto do fim, suficiente para saltar para a liderança dos GoalPoint Ratings.

E aí ficou até final, um 7.2, que reflecte ainda 21 passes certos em 26, quatro acções defensivas e duas acções com bola na área contrária, estranhamente um dos máximos do encontro.

Destaques da Argentina

Messi 6.9

Andou ali a engonhar até aos 64 minutos, altura em que arrancou um pontapé rasteiro que se aninhou no canto inferior esquerdo da baliza de Ochoa. Lionel assistiu ainda Enzo para o golo do benfiquista, completou duas de seis tentativas de drible e sofreu cinco faltas (máximo), três em zona de perigo. De negativo as 17 perdas de posse (também valor mais alto) e os quatro desarmes sofridos.

Otamendi 6.4

O outro benfiquista em campo também esteve muito bem, com o máximo de passes certos (74) e tentados (83), de acções com bola (99), tendo feito três desarmes, quatro alívios e ganho seis de nove duelos aéreos.

Destaques do México

Héctor Moreno 5.8

Central do lado esquerdo do trio, Moreno foi o melhor dos mexicanos. Destaque para cinco recuperações de posse e outras tantas acções defensivas.

Resumo

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