Sete investigadores da Universidade de Coimbra testaram a Imuno-PET, que pode ajudar a prever a resposta aos tratamentos de imunoterapia.
A Imuno-PET é uma técnica inovadora que pode ajudar a prever a resposta aos tratamentos de imunoterapia – terapêutica utilizada em doentes com cancro do pulmão.
Esta técnica já foi testada por equipa de investigadores da Universidade de Coimbra, anunciou a instituição do ensino superior.
Nunca tinha sido testada em Portugal e agora está a ser utilizada em pessoas com cancro do pulmão, de Coimbra e Leiria.
A técnica avalia o corpo inteiro do doente, sinaliza as zonas que estão afectadas pelo cancro e prevê a resposta da pessoa à imunoterapia.
Os doentes fazem todos os exames habituais e recebem o acompanhamento habitual. A Imuno-PET é uma técnica de diagnóstico extra; não substitui os testes já realizados por rotina.
A inovação mostra “uma informação de corpo inteiro, como toda a doença se comporta, além da biópsia e da habitual PET”, explicou Sónia Silva, aluna de doutoramento na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e médica pneumologista em Leiria.
Caso avance, esta inovação poderá assim identificar a terapêutica potencialmente mais adequada para cada doente.
Além disso, deverá “impedir que se possa perder tempo, ou até mesmo o doente, com terapêuticas que não resultarão em resposta e controlo da doença”, acrescentou Sónia.
E ainda poderá contribuir para a sequenciação terapêutica, dando orientação relativamente à duração ideal do tratamento.
O cancro do pulmão é a principal causa de morte por cancro em Portugal. Muitos doentes, quando são diagnosticados, já têm tumores em estado avançado – os estados precoces (e operáveis) muitas vezes não apresentam sintomas.