A autorização final está agora dependente da Comissão Europeia, um passo que não deverá muito a concretizar-se.
Duas vacinas de reforço contra a covid-19, adaptadas à variante Ómicron e fabricadas pela Pfizer e Moderna, receberam a recomendação de autorização por parte do regulador europeu para o medicamento (EMA). Este é mais um passo no processo de preparação da Europa para um outono/inverno que se antecipa difícil face ao aumento de infeções que já se tem vindo a registar nas últimas semanas.
“As vacinas estão adaptadas (ou seja, foram atualizadas) a pensar nas variantes em circulação do SARS-CoV-2. As vacinas adaptadas podem aumentar a proteção contra variantes diferentes e por isso espera-se que mantenham a proteção mais adequada contra a covid-19 enquanto o vírus evolve”, pode ler-se no comunicado.
As novas vacinas revelaram-se mais “eficazes em desencadear uma resposta imunitária contra a subvariante BA.1 do que as vacinas originais” e, segundo o jornal Público, combatem a linhagem BA.1 da Ómicron e o vírus original.
O regulador recomenda a toma a pessoas com mais de 12 anos com o esquema primário de vacinação contra a covid-19 completo, sendo que os efeitos secundários observados foram “comparáveis aos observados com as vacinas originais e eram tipicamente suaves e de curta duração“.
“As vacinas originais, Comirnaty e Spikevax, ainda são eficazes na prevenção da doença grave, hospitalização e morte associada à covid-19 e continuarão a ser usadas dentro das campanhas vacinais da UE, particularmente nas vacinações primárias.” A autorização final está agora dependente da Comissão Europeia, um passo que não deverá muito a concretizar-se.