Famoso retrato de Churchill foi alvo de roubo “descarado” e trocado por uma falsificação

O famoso retrato captado por Yousuf Karsh estava pendurado numa sala num hotel na capital canadiana, mas um funcionário reparou na semana passada que a sua moldura estava diferente. Já se confirmou que a foto foi roubada e trocada por uma falsificação e a polícia está a investigar.

A polícia canadiana está a investigar um roubo “descarado” do famoso retrato de Winston Churchill, depois de o então primeiro-ministro britânico ter falado ao parlamento canadiano durante a Segunda Guerra Mundial, em 1941.

A investigação foi aberta depois de um funcionário do hotel Château Laurier, em Ottawa, ter notado que a moldura do retrato tinha mudado e que já não combinava com a das outras cinco fotografias da sala — que também tinham sido tiradas pelo aclamado fotógrafo Yousuf Karsh, que para além de Churchill, captou imagens de Albert Einstein, Martin Luther King, a rainha Isabel II e Ernest Hemingway

O hotel contactou Jerry Fielder, que gere o património de Karsh, para verificar a assinatura na fotografia, que acabou se confirmar que era falsa, avança o The Guardian. Foi nesta altura que a polícia de Ottawa foi contactada.

“Estamos profundamente tristes com este ato descarado”, lamentou o hotel Farimont num comunicado onde lembra o orgulho de ser o lar de uma coleção “incrível” de fotos de Karsh.

Não se sabe ao certo quando é que o retrato, que já estava no hotel há 24 anos, foi trocado. As restantes cinco fotografias foram removidas por razões de segurança. No total, Karsh deu 15 obras ao hotel, com o qual já tinha uma relação longa, já que foi lá que decorreu a sua primeira exposição em 1936 e a sua esposa viveu num dos quartos durante quase 20 anos.

O famoso retrato de Winston Churchill foi até usado na nota de cinco libras em 2016. “Obviamente, este roubo foi planeado muito cuidadosamente. Não sei se alguém, algum super fã, talvez, o queria pendurar na sua sala. Mas também é muito valioso. Assumo que tenha sido roubado pelo seu valor”, explica Jerry Fielder.

Nenhuma impressão das fotografias de Karsh foi permitida desde a doação dos seus negativos à Biblioteca e Arquivos do Canadá em 1990.

ZAP //

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