Um homem adotado à nascença e a sua mãe biológica procuraram um pelo outro durante anos, descobrindo, no seu reencontro duas décadas depois, que trabalhavam no mesmo hospital.
Durante o seu primeiro reencontro, Benjamin Hulleberg e Holly Shearer descobriram que trabalhavam no mesmo hospital da cidade de Salt Lake, no estado de Utah, nos Estados Unidos (EUA). Holly é médica assistente no centro cardíaco do Hospital St. Mark’s e Benjamin é voluntário na unidade de terapia neonatal intensiva.
“Todas as manhãs, entrava no pavilhão feminino para trabalhar e passava pela” unidade de terapia neonatal intensiva, disse Holly ao Good Morning America na terça-feira. “Estacionámos na mesma garagem, poderíamos estar no mesmo andar, não tínhamos ideia de que estávamos tão perto”, acrescentou.
A mulher tinha 15 anos quando teve Benjamin. Aos seis meses de gravidez começou a procurar por uma família adotiva, com receio de não conseguir ter condições para cuidar do filho. Angela e Brian Hulleberg adotaram Benjamin no dia do nascimento e este desde pequeno sabia sobre a adoção.
Numa publicação no Facebook, em novembro de 2021, Benjamin revelou que sempre sentiu “um desejo profundo” de conhecer a mãe biológica, a qual procurou durante anos. Contou ainda que “escreveu cartas para agências de adoção do Utah, fez testes de DNA, inscreveu-se no registo de adoção”. E “nada”, desabafou.
A verdade é que Holly já o havia encontrado nas redes sociais, há alguns anos. Dois dias antes do 20.º aniversário de Benjamin, enviou-lhe uma mensagem no Facebook. “Não me conheces”, escreveu, mas “há 20 anos tomei a decisão mais difícil da minha vida e entreguei o meu lindo bebé para adoção, para uma linda família”.
Na mensagem, Holly indicou que não queria perturbar a vida de Benjamin, mas queria que ele soubesse que ela pensava nele “todos os dias”. “Finalmente tive a coragem de te enviar uma mensagem desejando um feliz aniversário”, referiu.
“Lembro-me do lugar exato em que estava quando recebi a mensagem”, contou o jovem ao Good Morning America . “Estava no trabalho. Trabalhava como operador de máquina e lembro que estava na máquina n.º 15. Entre as verificações de qualidade, que fazia de hora em hora, e peguei no meu telemóvel e vi a sua mensagem”.
A 21 de novembro de 2021, encontraram-se. Durante o encontro, Benjamin também conheceu os seus dois meio-irmãos e descobriu que ele e Holly trabalhavam no mesmo hospital.
“Sentar com minha a mãe biológica e apenas tomar um café e conversar antes de ir para o meu turno na unidade de terapia neonatal intensiva? Tem sido incrível”, afirmou Benjamin.