Subida de preços deverão afetar cerca de 227 mil famílias, com subidas que se devem refletir até 70 cêntimos.
As tarifas reguladas de gás natural para vigorar a partir do próximo mês de outubro vão aumentar 8,2% face ao mesmo mês do último ano. A confirmação foi feita pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que revelou ainda que uma subida de 3,3% irá acontecer já em julho, de forma a refletir o aumento dos preços da energia nos mercados internacionais.
Na origem das subidas está a atualização da componente de enegia em mais dois euros por megawatt hora, face ao aumento do custo médio de energia no mercado regulado. Esta alteração, que se refletirá num aumento de 3,3% das tarifas, afetará cerca de 227 famílias que ainda estão no mercado regulado, avança o Público.
Em termos práticos, a alteração vai resultar em mais 33 cêntimos na fatura média mensal de um casal sem filhos, de cerca de 12,73 euros. Já no caso de uma família de quatro elementos e com uma fatura média mensal de 21,11, o aumento será de 70 cêntimos.
Esta trata-se da segunda revisão trimestral da tarifa de energia durante o presente ano. Segundo os esclarecimentos adicionais feitos pela ERSE, a atualização acontece “num contexto de forte incerteza, marcada pela escassez de oferta face à procura de matéras-primas e energia devido à guerra na Ucrânia“.
“Esta conjuntura agravou a subida dos preços da energia nos mercados grossistas, aumentando os receios de um cenário de menor crescimento económico e de maior inflação, que afeta de forma significativa os consumos e preços de gás”, prosseguiu o organismo. É ainda especificado que o aprovisionamento de energia para o mercado regulado é assegurado através de contratos de longo prazo com a Nigéria e que essa estabilidade “mitiga o impacto no preço de venda a clientes finais do mercado regulado”.
Em comparação com setembro, e no que respeita às tipologias “mais representativas” de consumo doméstico, as variações médias propostas para outubro (incluindo taxas e impostos) andarão entre os 76 cêntimos e os 1,38 euros. Ainda segundo o Público, os consumidores domésticos representam apenas 2% do consumo.
Não sabem reduzir os preços!!!?