Ministério Público pediu uma pena superior a cinco anos de prisão efetiva para o comendante dos bombeiros de Pedrógrão Grande.
Valdemar Alves reconheceu em tribunal que a responsabilidade da gestão das faixas de gestão de combustível era sua. A admissão aconteceu no arranque das alegações finais do julgamento que serve para apurar as responsabilidades sobre as vítimas dos incêndios de Pedrógrão Grande, onde o antigo autarca pediu para fazer uma declaração antes da procuradora do Ministério Público com o objetivo de esclarecer declarações suas anteriores.
“Com essas declarações não quis atribuir qualquer responsabilidade fosse a quem fosse sobre a gestão das faixas de combustível.” “A responsabilidade era minha”, acrescentou, destacando que não a delegou “em ninguém, nem formalmente, nem informalmente”.
Posteriormente a representante do MP, Ana Mexia pediu uma pena de prisão efetiva superior a cinco anos” para o comandante dos bombeiros voluntários de Pedrógrão Grande, com a justificação de que este não adotou procedimentos de proteção civil “que só ele estava em condições ” de adotar, enumerando os erros cometidos na estratégia de combate. Segundo o Público, Augusto Arnaut, juntamente com outros dez arguidos, está acusado de crimes de homicídio e ofensa à integridade física.
Na visão da procuradora, apoiada pelo relatório da comissão técnica independente, após uma janela de oportunidade de duas horas para dominar o incêndio, em função da perceptível dificuldade no combate, o comandante devia ter-se preocupado mais com a “gestão do fluxo das populações” – havendo na altura meios de comunicação para o fazer.