Custou, mas foi. Portugal vai estar no Mundial do Qatar e não foi a surpreendente Macedónia do Norte a decretar o contrário.
A formação dos Balcãs chegou à final do play-off com o rótulo de “carrasco” de Itália, a formação lusa respeitou o seu adversário, não facilitou e venceu por 2-0.
Dois golos de Bruno Fernandes, o herói da partida, disfarçou uma exibição portuguesa que, mais uma vez, esteve longe de encantar e foi bem mais pragmática do que qualquer outra coisa. Vale pelo bilhete que Bruno “comprou” para o grande certame e pela total superioridade estatística.
Fernando Santos mudou três elementos em relação ao triunfo ante a Turquia, com as entradas de João Cancelo, Pepe e Nuno Mendes para as vagas de Diogo Dalot, José Fonte e Raphaël Guerreiro.
Não foi surpresa o facto de o jogo ter começado com cautelas de ambos os lados, com as duas equipas a evitarem erros potencialmente danosos nos minutos iniciais.
O primeiro grande lance de perigo aconteceu aos 14 minutos, quando Otávio serviu Cristiano Ronaldo e este, em boa posição, rematou cruzado muito perto do poste esquerdo macedónio.
Apesar das dificuldades, o 1-0 surgiu aos 32 minutos. Ristovski, o ex-Sporting, reconhecidamente amigo de Bruno Fernandes desde os tempos de Alvalade, deve ter sentido saudades desses dias.
O macedónio faz um mau passe interceptado pelo português, a bola sobrou para Cristiano Ronaldo que, de pronto, assistiu o seu colega do Manchester United para o remate certeiro.
Cinco disparos, um enquadrado, marcador a funcionar. O número 11 luso era mesmo o melhor em campo ao intervalo, com um GoalPoint Rating de 6.4, pelo golo, mas também por ter sido o mais rematador do jogo (3) e ter realizado dois passes para finalização.
O segundo tempo parecia ter trazido ainda mais confusão ao futebol luso, que permitiu mais posse aos macedónios no arranque.
Contudo, aos 65 minutos, surgiu o 2-0. Transição rápida, a bola chegou à esquerda a Diogo Jota que fez um passe para isolar Bruno Fernandes. Este, de primeira, fez o seu bis na partida.
Um golo que, apesar de ainda longe do final da partida, teve um efeito decisivo. A Macedónia do Norte pegou no jogo, mas a turma das “quinas” soube reduzir o ritmo da partida e fechar bem os caminhos para a sua baliza, controlando os acontecimentos até final.
Desde 2000 que Portugal está presente em todas as grandes fases finais de competições de selecções.
Com maior ou menor sofrimento – geralmente sempre com algumas doses de dramatismo -, a Selecção Nacional vai conseguindo sempre os apuramentos e não foi a Macedónia do Norte a ditar desfecho contrário. Oitavo Mundial, sexto consecutivo para Portugal.
Melhor em Campo
Bruno Fernandes foi o herói de Portugal. O médio do Manchester United nem começou bem o jogo, com algumas decisões erradas, uns “raspanetes” de Fernando Santos, mas aos poucos começou a pisar os terrenos certos e o resto fica para a história.
Dois golos, o máximo de remates (5), de enquadrados (3) e passes para finalização (4) da partida, seis acções com bola na área contrária, uma condução super aproximativa, sete recuperações de posse, nem como a distinção de melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 8.9.
Resumo
// GoalPoint