Prejuízos do SNS em 2020 caíram 59% em relação a 2019

Patricia de Melo Moreira / AFP

O reforço do investimento público no Serviço Nacional de Saúde permitiu que houvesse uma grande redução do prejuízo em 2020 em comparação com 2019. No total, o SNS fechou 2020 com 287,7 milhões de euros no vermelho.

Segundo avança o Público, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) ficou com um prejuízo de 287,7 milhões de euros em 2020, o que representa uma quebra de 59% no saldo negativo em relação a 2019, quando as contas ficaram 696,9 milhões no vermelho.

Os dados são Relatório e Contas do Ministério da Saúde e do SNS 2020 publicado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que refere que esta melhoria se deveu “a um aumento em 13% das transferências e subsídios correntes obtidos, o que reflecte, na realidade, um acréscimo de 1192 milhões de euros”.

No total, foram transferidos para o SNS 10 672 milhões de euros. Houve ainda uma verba de 563 milhões transferida para os hospitais para a liquidação de dívidas em atraso.

A 31 de Dezembro de 2020, o SNS estava a empregar 144 616 trabalhadores sendo que se registou também um aumento dos gastos com o pessoal ao longo deste primeiro ano de pandemia, tendo estes chegado aos 4743 milhões de euros e sido a “componente de gastos mais relevante”, representando uma subida de 347 milhões em relação a 2019 (+8,5%).

Houve ainda também uma grande subida de 245 milhões de euros nos custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas devido à aquisição de materiais de proteção individual para os profissionais.

Como já seria de esperar devido à pressão que a pandemia colocou sobre os sistema de saúde, a restante atividade hospitalar notou uma grande quebra, com uma “diminuição no que respeita ao número de consultas médicas [hospitalares] (-10,4%), cirurgias (-17,8%), e episódios de urgência (-29,1%)”.

Durante o ano de 2020, houve ainda um aumento significativo da “utilização das ferramentas no âmbito da telemedicina, com um registo de 288.962” de consultas neste modelo realizadas nas várias entidades do SNS, o que representou um crescimento de 52% relativamente a 2019.

ZAP //

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