“Esconder uma folha na floresta”. Arqueólogos descobriram um homicídio com 1300 anos

(dr) Qian Wang

Crânio do homem encontrado perto da sepultura num cemitério na região chinesa de Ningxia

Arqueólogos descobriram que o homem descoberto num poço que levava a uma sepultura antiga, na China, não estava a tentar roubar, como se pensava. Afinal, terá sido assassinado.

De acordo com o site Live Science, quando o corpo foi descoberto em 2010, num cemitério na região chinesa de Ningxia, acima de uma sepultura construída muitos anos antes de o homem em questão ter morrido, cientistas questionaram se teria sido um ladrão de túmulos.

Mas um novo estudo revela que, afinal, o homem poderá ter sido assassinado e que o autor do crime terá colocado o cadáver naquele local para tentar esconder o crime que acabara de cometer.

Recorrendo à datação por radiocarbono, os investigadores mostraram que o homem assassinado viveu durante o século VII, enquanto as pessoas enterradas na sepultura viveram há dois mil anos. A equipa também encontrou ferimentos que sugerem que foi golpeado várias vezes na parte da frente e de trás e, além disso, uma espada foi descoberta perto do corpo (ou seja, possivelmente a arma do crime).

“Este caso indica que a estratégia de descartar os corpos das vítimas em sepulturas ou cemitérios, algo como ‘esconder uma folha na floresta’, tem vindo a ser praticada desde a antiguidade”, escreveu a equipa no artigo publicado, a 16 de outubro, na revista científica Archaeological and Anthropological Sciences.

ZAP //

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