Canadá e Estados Unidos a sentir as mais altas temperaturas da história

Miguel A. Lopes/ Lusa

O Canadá e os Estados Unidos estão a sentir “as mais altas temperaturas da histórica cúpula de calor” que assola a região ocidental dos dois países, alertou segunda-feira o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) norte-americano.

Os recordes “históricos” de temperatura registados, esta segunda-feira, no ocidente do Canadá e dos Estados Unidos são provocados por uma onda de calor de intensidade extremamente rara, que já causou o encerramento de escolas, de centros de vacinação contra a covid-19 e motivou a criação de centros de arrefecimento.

Em Lytton, uma vila a nordeste de Vancouver, a temperatura atingiu os 46,6 graus Celcius, a mais alta registada no Canadá após o recorde de 45 graus, registado em 1937.

Os aparelhos de ar condicionado e ventiladores estão a esgotar em praticamente todas as lojas e algumas cidades abriram centros de arrefecimento para a população.

A “cúpula de calor prolongada, perigosa e histórica persistirá ao longo desta semana”, alertou a Environment Canada, instituto meteorológico do país, que emitiu alertas para as províncias de Colúmbia Britânica, Alberta e partes de Saskatchewan, territórios do Noroeste de país e para Yukon, na fronteira com o Alasca.

No outro lado da fronteira, nos Estados Unidos, o NWS referiu que o dia de segunda-feira “provavelmente ficará na história como o mais quente” de sempre nos Estados de Seattle, Washington, ou na cidade de Portland, no Oregon, locais onde os máximos anteriores datam da década de 1940.

A vaga de calor é explicada pelos meteorologistas com um fenómeno designado por “cúpula de calor”, no qual as altas pressões retêm o ar quente da região.

A intensidade dessa “cúpula de calor” é tão grande que “tão rara estatisticamente que não acontece mais do que uma vez em poucos milhares de anos, em média”, escreveram especialistas em climatologia do jornal Washington Post, lembrando, no entanto, que “a mudança climática induzida pelo homem tornou este tipo de eventos excecionais mais prováveis”.

// Lusa

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