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Jeff Bezos no lançamento do seu Amazon Fire Phone
O Amazon Fire Phone, lançado no final de julho, pode estar a enfrentar sérios problemas de aceitação. Vendido exclusivamente na loja online de Jeff Bezos e pela operadora AT&T, a maior dos EUA, o aparelho poderá não ter vendido mais que 35 mil unidades, um número muito pequeno se levado em consideração o mercado, passado quase um mês do seu lançamento.
Mesmo sem dados oficias de vendas do Fire Phone, que a Amazon não divulgou até agora, um jornalista do jornal britânico The Guardian estimou os números de vendas, cruzando dados do tráfego originado pelos aparelhos em impressões de páginas acedidas.
Primeiro, usou os dados da consultora Chitika, que analisa milhões de impressões de anúncios online em dispositivos móveis. Segundo o que apurou, apenas 0,02% das impressões foram originadas com aparelhos Fire Phone.
Depois, cruzou os dados da consultora comScore e chegou a um factor de indexação, levando em conta o número de visualizações de anúncios.
O resultado alcançado apontou para aproximadamente 35 mil aparelhos em uso.
As baixas vendas podem ser confirmadas pelo próprio ranking da Amazon. Em apenas duas semanas, o Fire Phone descolou da quarta posição entre os aparelhos mais vendidos, caindo para a 61ª posição.
Hoje, o aparelho não aparece sequer entre os 100 mais vendidos na loja online da Amazon.
Um dos motivos que podem estar a retrair as vendas do smartphone da Amazon é a ausência dos serviços do Google, que para muitos é o principal atractivo do Android.
Mesmo a correr uma versão modificada do Android, o Fire Phone não tem disponível as aplicações mais populares do Google, como o Gmail e o Google Maps.
De referir que a app store da Amazon é muito bem estruturada e funciona nos aparelhos Android puros.
O problema é que, mesmo com uma boa oferta de apps, o Fire Phone pode não ter fôlego para encarar sozinho a concorrência do Google.
