A empresa sul-coreana tem agora diante dos seus olhos mais um motivo para se sentir temerosa face ao que lhe reserva o futuro, depois de, ao fim de dois anos consecutivos sentada no lugar de maior fabricante de smartphones na China, ter sido destronada pela Xiaomi, que no segundo trimestre ultrapassou a sul-coreana e conseguiu conquistar a medalha de ouro, com uma participação de 14 por cento.
Por seu lado, a Samsung, tropeçando em péssimos resultados, deixou-se cair para o segundo lugar da tabela, com uma quota de 12 por cento, ligeiramente acima da terceira colocada Lenovo.
A gigante tecnológica sediada em Seul usava a coroa de louros no pódio chinês das maiores fabricantes de smartphones desde o primeiro semestre de 2012, altura em que controlava 22 por cento do mercado.
Na China, a Samsung vende um ampla variedade de dispositivos móveis, desde alta a baixa qualidade, beneficiando de sólido posicionamento e de uma forte rede de distribuição e revenda.
Contudo, todos os reinados têm um fim, e as rivais chinesas da Samsung não dão tréguas, pressionando a sul-coreana com o lançamento de smartphones low-end com aplicações e ferramentas altamente apreciadas.
Uma analista da Canalys afirmou que no que diz respeito à média e baixa categorias de dispositivos móveis, a Samsung não é um player de peso, o que, como se verificou, foi um tiro que lhe saiu pela culatra, custando-lhe presença num dos maiores mercado mundiais, onde os dispositivos low-end têm grande adesão.
Esta é primeira vez que a Xiaomi chegou ao topo do mercado chinês de smartphones, depois de há somente três anos ter-se estreado neste setor.
No segundo trimestre de 2014, a tecnológica chinesa registou remessas de 15 milhões de smartphones, de acordo com a Canalys, depois de no trimestre anterior ter vendido 26,1 milhões de unidades, sucesso motivado por preços bastante competitivos que conseguiram derrubar um Toda-Poderosa como a Samsung.