Depois de impulsionar a “viagem da vingança”, China assiste a boom de casamentos (mais de 600 mil)

Depois de meses de confinamento, foram muitos os casais na China que aproveitaram a conhecida “semana de ouro” para “juntar os trapinhos”. Realizaram-se mais de 600 mil casamentos, e isso parece ter dado ao país um excelente impulso económico.

Milhares de casais chineses escolheram casar-se durante o feriado do Dia Nacional da China, também conhecido como o feriado da “semana de ouro”. Esta é uma altura onde tradicionalmente acontecem muitos casamentos na China, mas esta é a primeira onda de matrimónios desde que a pandemia do coronavírus começou.

Após a China impulsionar uma “viagem da vingança” – apelando a que a população viajasse pelo país como forma de recuperar do período de confinamento – as autoridades locais registaram a circulação de mais de 637 milhões de pessoas pelo pais. De acordo com o Ministério da Cultura e Turismo da China, a população gastou cerca de 466 bilhões de yuans (cerca de 58 milhões de euros).

Esta movimentação dos chineses resultou assim num aumento drástico dos casamentos. A plataforma de serviços de casamento Hunliji registou mais de 600 mil matrimónios  durante a “semana de ouro” que terminou na quarta-feira. Este número representa um aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em Wuhan, cidade onde surgiu o vírus pela primeira vez em dezembro do ano passado, 99 casais também casaram-se numa cerimónia ao ar livre. Tendo em conta os últimos acontecimento, segundo o The Guardian, já são muitos os meios de comunicação internacionais a dizer que a China está a “voltar ao normal”.

Para além dos inúmeros casamentos que se realizaram, e que alavancaram economicamente hotéis, restaurantes e comércio, também os cinemas assistiram a uma semana movimentada, uma vez que a sua reabertura rendeu de 3,92 mil milhões de yuans (cerca de 493 milhões de euros) durante a “semana de ouro”.

Perante estes valores animadores, o jornal britânico prevê que a economia deverá expandir-se entre 1,5% e 2,5%, enquanto analistas acreditam que a economia global vai-se contrair em mais de 4%.

O país está assim a tentar equilibrar a recuperação económica com a prevenção de novos surtos.

ZAP //

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