O empresário, acionista da Media Capital, entregou, esta segunda-feira, uma queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) contra o grupo Cofina pelo ataque de que considera ser vítima.
De acordo com Mário Ferreira, nos últimos meses houve mais de 250 notícias nos órgãos de comunicação social do grupo Cofina – do qual fazem parte, entre outros, o Correio da Manhã, o Jornal de Negócios e a Sábado – sobre si. Se for tido em conta o universo Media Capital, segundo o empresário, são mais de mil notícias.
O dono da Douro Azul entendeu que ficava claro que o objetivo da Cofina era condicionar as decisões da ERC e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“Há uma clara perseguição e tentativa de manipulação dos mercados com o objetivo de baixar preços, afastar potenciais investidores e comprar ao desbarato”, disse à agência Lusa o empresário que, a 14 de maio, comprou, através da Pluris Investments, 30,22% da Media Capital, dona da TVI, por 10,5 milhões de euros.
No dia 21 de julho, fonte oficial da CMVM disse à Lusa que este organismo estava a analisar a relação entre a Prisa, que controlava a Media Capital através da Vertix, e a Pluris; e o impacto na estrutura de controlo da Media Capital. Também a ERC informou que está a analisar as mudanças na estrutura acionista da TVI.
No dia seguinte, a Media Capital classificou de “enorme gravidade” o comunicado da ERC que refere que está a analisar as mudanças na estrutura acionista da TVI. Afirmou ainda que “parece evidente” que a Cofina consegue “instrumentalizar” a ERC. A acusação de instrumentalização da ERC foi refutada pela Cofina.
A 15 de setembro, a ERC confirmou que as audições sobre as mudanças na estrutura acionista da Media Capital iniciaram-se a 9 de setembro. Contudo, no dia 17 de julho, a ERC já tinha comunicado ao mercado que, “tendo tomado conhecimento de mudanças relevantes na estrutura da TVI”, estava a “avaliar o âmbito das mesmas e eventual configuração de nova posição”.
// Lusa