Índia proíbe 118 sites e aplicações informáticas chinesas

A Índia anunciou a proibição de 118 sites e aplicações informáticas chinesas, intensificando as medidas de retaliação económica no contexto de uma disputa de fronteira que está a travar com a China.

O Ministério de Tecnologia da Informação indiano disse que se trata de aplicações que permitem atividades “prejudiciais à soberania e integridade da Índia, à defesa da Índia, à segurança do Estado e à ordem pública”, noticiou a agência Lusa na quarta-feira.

Entre os visados está o videojogo PUBG, com milhões de utilizadores na Índia, bem como os serviços fornecidos pela Tencent. Entre junho e julho, o país proibiu mais de uma centena de aplicações e sites chineses, inclusivamente a rede social Tik Tok e a WeChat.

O novo aumento de tensão entre as duas potências nucleares surge na sequência do choque fronteiriço de 15 de junho no vale de Galwan, no oeste dos Himalaias, o pior incidente do género em 45 anos, no qual pelo menos 20 soldados indianos morreram e 76 ficaram feridos. A China não comunicou quaisquer baixas.

Ambos os países se culparam mutuamente pelo confronto. A Índia acusou o vizinho chinês de concentrar tropas e erguer estruturas na área, enquanto a China alegou que as tropas indianas provocaram os seus soldados.

Nova Deli e Pequim continuam sem chegar a acordo num processo de retirada das tropas na região, após várias reuniões entre altos funcionários militares de ambos os exércitos.

Os dois países mantêm uma disputa histórica em relação a várias regiões dos Himalaias.

A China reivindica cerca de 90 mil quilómetros quadrados de território no nordeste da Índia. A Índia diz que a China ocupa 38 mil quilómetros quadrados de território no planalto de Aksai Chin, na região dos Himalaias, uma parte contígua da região de Ladakh.

A Índia declarou unilateralmente Ladakh um território federal em agosto de 2019. A China foi dos poucos países a condenar fortemente a medida, referindo-a em fóruns internacionais, incluindo no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

// Lusa

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