Nos últimos anos, aumentou significativamente o número de pessoas que tentam chegar ao topo do Monte Everest, a montanha mais alta do mundo.
De acordo com o canal estatal russo RT, um novo estudo realizado por cientistas norte-americanos mostra que uma pessoa que decida escalar o Monte Everest tem o dobro das probabilidades de conseguir chegar ao topo do que há 20 anos, bem como menos probabilidade de morrer durante a escalada.
Os investigadores quantificaram os padrões de sucesso e a taxa de mortalidade dos montanhistas durante os anos de 2006 a 2019 e compararam estes resultados com uma análise anterior que cobria os anos 1990-2005.
Da mesma forma, a equipa também avaliou as mudanças ao longo do tempo e a relação desses padrões com variáveis sociodemográficas como, por exemplo, a idade, o sexo e a experiência anterior.
Os resultados do estudo, publicado, a 26 de agosto, na revista científica PLOS ONE, demonstraram que o risco de morrer durante a escalada foi de 0,5% para as mulheres e de 1,1% para os homens nos últimos 15 anos, enquanto que para o período 1990-2005 foi de 1,9% e 1,7%, respetivamente.
Segundo o mesmo site, o número de pessoas que tenta alcançar o topo daquela que é a montanha mais alta do mundo também aumentou significativamente ao longo dos anos. No ano passado, 955 pessoas tentaram fazê-lo, enquanto em 2000 foram apenas 222.
“Os nossos resultados informam os possíveis montanhistas sobre as suas probabilidades atuais de sucesso ou de morte, e também informam os Governos do Nepal e da China das consequências para a segurança e os impactos económicos das restrições regularmente discutidas com base na idade e experiência dos alpinistas”, dizem os autores da pesquisa.