A consulta pública do Estudo de Impacto Ambiental sobre a abertura de uma mina de volfrâmio, em Espanha, a cinco quilómetros da fronteira portuguesa, em Bragança, termina esta sexta-feira. Entidades públicas e privadas portuguesas são contra a exploração a “céu aberto”.
Segundo avançou esta sexta-feira a TSF, a mina poderá empregar cerca de 600 pessoas, 200 direta e 400 indiretamente. A exploração será feita em 250 hectares na zona de Valtreixal, Pedralva de la Pradéria, no limite da proteção ambiental da Serra da Culebra, na Sanábria, a cinco quilómetros da fronteira portuguesa e do Parque Natural de Montesinho.
“Não foram avaliados os reais efeitos na redução de caudais nas linhas de água, que neste caso, são transfronteiriças. Também não foram acautelados os impactos no rio Calabor que passa para o lado português [aldeia da Aveleda] nem se identificou qualquer sistema de alerta nas medidas de mitigação que estão preconizadas no estudo de impacte ambiental”, disse o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias.
“Os impactes ambientais são terríveis”, afirmou o presidente da Associação Transfronteiriça RIONOR – Rede Ibérica Ocidental para uma Nova Ordenação Raiana, Francisco Alves. “Os territórios de Portugal vão levar com materiais que são tóxicos e depois, as intempéries vão levar esses produtos para as águas, para as camadas freáticas e acabamos com isto tudo poluído”, acrescentou.
E continuou: “É a morte! Arranjamos emprego para 220 pessoas e evitaremos que milhares venham visitar-nos. Perante a UNESCO, perante a União Europeia somos Meseta Ibérica para umas coisas e não somos para outras? Não bate a bota com a perdigota. O nosso rio, aqui de Varge, nasce em Espanha, não tem poluição e a partir deste momento com a mina, não vamos ter um rio como tínhamos até aqui”.
Já o alcalde de Pedralba de la Pradéria, Francisco Guerra Gomez, declarou que “o empreendimento será muito bom para toda a região, quer de Espanha (Sanábria) quer de Portugal (Bragança), e que os empregos que a empresa vai criar vão fazer crescer a economia dos dois lados da fronteira”.
Pela ganância e poder, tudo fazem, pois que se fod… os irmãos!!!!!
Para Portugal é bastante perigoso, mas o ser humano não importa, já estamos a destruir o ambiente e as águas.
Que faz o nosso governo? Nada