Uma equipa de engenheiros criou um pequeno dispositivo capaz de detetar rapidamente bactérias nocivas no sangue, permitindo aos profissionais de saúde identificar a causa de infeções potencialmente mortais.
É um medo conhecido e uma preocupação crescente na comunidade científica: as bactérias resistentes a antibióticos – ou superbactérias – são um problema que os investigadores tentam mitigar há muito tempo.
Agora, uma equipa de engenheiros da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, desenvolveu um dispositivo multiplexado, em miniatura, barato e transparente para detetar rapidamente bactérias nocivas no sangue. Além disso, este novo dispositivo permite que os profissionais de saúde identifiquem a causa de infeções potencialmente mortais.
Segundo o Tech Explorist, o instrumento isola, recupera e concentra rapidamente bactérias-alvo dos fluidos corporais. Depois, filtra partículas e bactérias, capturando cerca de 86% delas.
Em experiências realizadas com sangue de porco, o dispositivo, que contém esferas magnéticas, conseguiu capturar, concentrar e recuperar eficientemente a Escherichia coli (E. coli) da suspensão bacteriana e do plasma. Entre as esferas magnéticas existem pequenos vazios cuja função é isolar fisicamente as bactérias no dispositivo.
“A identificação rápida de bactérias resistentes a medicamentos permite que os profissionais de saúde prescrevam os medicamentos certos, aumentando a probabilidade de sobrevivência”, disse o co-autor Ruo-Qian (Roger) Wang, professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Rutgers-New Brunswick.
Além de barato, este novo dispositivo é muito fácil de fabricar e de trabalhar, características que o tornam ideal para detetar organismos causadores de doenças em laboratórios e estabelecimentos de saúde. O artigo científico com os resultado foi publicado recentemente na ACS Applied Materials & Interfaces.